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CGD reduz prejuízos para 50 milhões

A CGD registou prejuízos de 50 milhões, o que corresponde a um quarto das perdas verificadas em Junho do ano passado. A recuperação foi sustentada pela redução das imparidades do crédito. E também pelos ganhos em operações financeiras.

Miguel Baltazar/Negócios
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A Caixa Geral de Depósitos apresentou um prejuízo de 50 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que corresponde a um quarto das perdas de 205,2 milhões verificadas em Junho de 2016. A redução dos prejuízos reflectiu o aumento dos proveitos, impulsionados por ganhos com operações financeiras, e a redução do esforço de imparidades.

 

Paulo Macedo considera que a evolução dos resultados é "fortemente positiva". "Os resultados deste semestre estão em linha com o plano estratégico apresentado", defendeu o presidente executivo, na conferência de imprensa de apresentação de contas do primeiro semestre.

 

O produto bancário aumentou 57%, para 1.154 milhões de euros, suportado no aumento de 18% verificado na margem financeira (656 milhões) e, sobretudo, nos resultados de operações financeiras, que contribuíram com 275 milhões para os resultados, contra perdas de 49 milhões em Junho do ano passado. "Este montante reflecte essencialmente os ganhos decorrentes da evolução das taxas de juro em mercado e de uma adequada gestão dos instrumentos de cobertura do risco de taxa de juro da carteira de títulos", refere a Caixa em comunicado divulgado esta sexta-feira, 28 de Julho, em comunicado publicado no site da CMVM.

 

Por seu turno, os custos operacionais aumentaram 2%, para 638 milhões, devido às despesas reestruturação. Este crescimento traduziu "o impacto dos custos com pessoal não recorrente, no montante de 61,0 milhões de euros (44,3 milhões de euros líquidos de impostos), respeitante ao provisionamento do Programa de Pré-Reformas e do Programa de Revogação por Mútuo Acordo. Excluindo aquele impacto, os custos de estrutura teriam diminuído 4,9%", refere a nota da CGD.

As imparidades do crédito também contribuíram positivamente para os resultados, já que recuaram 82%, para 55 milhões. No entanto, este efeito foi anulado pelo facto de as restantes provisões e imparidades terem aumentado mais de dez vezes, passando para 344 milhões, "dos quais 322,0 milhões de euros de natureza não recorrente, relacionadas com a reestruturação e alienação de actividades internacionais", justifica a instituição liderada por Paulo Macedo.

 

Em termos de actividade, o crédito a clientes caiu 7,4%, para 60,5 mil milhões. Já os depósitos recuaram 3,5% face ao final de Junho de 2016, totalizando 69,6 mil milhões, sobretudo devido à queda de 9,7% verificada nas operações internacionais.

 


(Notícia actualizada às 18:40)

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