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Caixa deixa de ter sucursais "off-shore" e prepara saída de Londres
A CGD continua os processos de venda das unidades na África do Sul, Espanha e Brasil. Numa "fase adiantada" está a saída de Londres. Até ao final do ano, acabam as sucursais "off-shore" em Caimão e Macau.
A Caixa Geral de Depósitos deverá sair, até ao final do ano, das sucursais "off-shore" que tem em Caimão e em Macau. É um passo na redução da presença internacional do banco público português.
Segundo anunciou Paulo Macedo, na conferência de imprensa de apresentação de prejuízos de 50 milhões de euros no primeiro semestre, o encerramento destas sucursais implicou, já desde o início do ano, a não renovação ou não aceitação de novos depósitos.
Desde aí, já se registou um corte de 34% dos depósitos em Caimão, e uma redução de 25% na "off-shore" de Macau – além disso, a CGD tem o BNU, que continua em funcionamento e que é, aí, um emissor de moeda. A Caixa está a contactar os clientes para saber se eles estão interessados nas alternativas por si oferecidas.
O presidente executivo frisou que, com estas medidas, "a CGD deixará de ter sucursais ‘off-shore’".
Caixa sai de Londres
A sucursal em Londres também será encerrada. O processo está "numa fase adiantada". "Nos próximos meses, teremos passos decisivos", declarou Paulo Macedo, dizendo que um dos passos é a transferência da carteira de títulos para Portugal.
O banco vai manter presença na capital britânica apenas através de um escritório de representação.
Continuam, igualmente, a decorrer os processos de venda da actividade em África do Sul, Espanha e Brasil. O primeiro já está numa fase mais desenvolvida: "está bastante mais adiantado" que as restantes, que estão a ser iniciadas. No país africano, a venda encontra-se "no processo normal de contratação de ‘advisors’ e avaliadores".