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CDS defende que nacionalização do Novo Banco "significará sempre o pior dos cenários"
João Almeida recusa a ideia de que nacionalizar o Novo Banco possa ser uma solução séria. "Não há nenhum caso em que a nacionalização possa ser a melhor solução", defendeu o deputado centrista.
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Para o CDS, a nacionalização do Novo Banco "significará sempre o pior dos cenários". O deputado João Almeida defende que a prioridade relativamente à instituição financeira deverá ser a sua venda, de forma a recuperar o dinheiro colocado.
A preferência do Governo deve ser, segundo defendeu o deputado centrista, "conseguir criar condições para a venda, para recuperar o dinheiro dos portugueses". A 3 de Agosto de 2014, o Novo Banco foi alvo de uma injecção estatal de 4,9 mil milhões de euros, 3,9 mil milhões dos quais de dinheiro público.
Sobre este tema, João Almeida acredita "que é perfeitamente possível vender o banco por um valor que assegure a recuperação daquilo que os contribuintes portugueses [investiram]". Aliás, ressalvou, dizer o contrário pode desvalorizar a instituição financeira, razão pela qual pediu cautela ao Governo, ao PS e aos "partidos que o apoiam" (BE, PCP e PEV) nas declarações sobre o banco.
"Mais importante que tomar a decisão sobre a quem vender o banco, [o importante] é vendê-lo na melhor altura possível", acrescentou João Almeida, rejeitando a ideia de que nacionalizá-lo poderá ser bom. "É impossível que a nacionalização signifique menos custos para os contribuintes", defendeu, porque o dinheiro injectado "fica perdido à partida". "A nacionalização significa sempre o pior dos cenários", adiantou, dizendo que "não há nenhum caso em que a nacionalização possa ser a melhor solução".
O PCP apresentou um projecto de resolução em que propõe a manutenção da instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha na esfera pública através da nacionalização, argumentando que, na prática, o Estado já é o garante último de todos os custos no Novo Banco. O Governo já disse que está a estudar as "várias soluções", sendo que o PS também quer mais pormenores sobre como concretizar a proposta comunista.
Este fim-de-semana, Vítor Bento, antecessor de Eduardo Stock da Cunha, assumiu que a nacionalização deveria ser uma opção a estudar.