"Já que temos de o pagar, ao menos que seja público." O deputado comunista Miguel Tiago anunciou esta terça-feira, 23 de Fevereiro, no Parlamento durante o debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2016, que o PCP vai apresentar uma proposta de nacionalização do Novo Banco.

"O PCP apresenta hoje mesmo uma proposta de nacionalização do Novo Banco e da sua manutenção na esfera pública", afirmou o deputado. Mário Centeno não fez nenhum comentário sobre esta decisão do Partido Comunista. O Governo de António Costa nunca revelou, publicamente, qual a sua posição em relação ao futuro do Novo Banco. 

A nacionalização do antigo Banco Espírito Santo tem estado na ordem do dia desde que Vítor Bento assumiu, em entrevista ao Diário Económico e à Antena 1, que esta possibilidade deveria ser considerada.

O antigo presidente do BES afirmou, neste ocasião, que o Governo vai ter de decidir se quer que a consolidação bancária seja feita a partir de fora, o que significa ser um agente passivo e ter uma banca dominada a partir do estrangeiro, ou ter uma atitude proactiva e gerar uma consolidação interna.

 

A opção é política, defendeu. E sendo a opção a da consolidação interna, uma vez que não há capital privado, o Estado terá de ter um papel neste processo.

 

Neste cenário de consolidação, o presidente do Conselho de Administração da SIBS vê "o Novo Banco como parte do património publico". Ou seja, a nacionalização da instituição que resultou da resolução do BES no Verão de 2014 deve ser considerada.

(Notícia actualizada às 13:34)