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CDS fecha esta sexta-feira moções ao congresso
Assunção Cristas, única candidata à liderança do CDS-PP, apresenta a sua moção esta sexta-feira ao final da tarde no Largo do Caldas. O XXVI Congresso do partido tem lugar em Gondomar a 12 e 13 de Março.
O prazo para entrega de moções de estratégia global ao congresso do CDS-PP termina à meia-noite desta sexta-feira, 26 de Fevereiro, dia em que será conhecido também o documento que a única candidata à liderança, Assunção Cristas, vai levar ao encontro magno do partido a 12 e 13 de Março em Gondomar.
Cristas andou pelo país numa "Volta pelas Bases" começada há um mês para recolher junto dos militantes e simpatizantes centristas contributos para o documento estratégico "Unidos para Crescer", prometendo fechar a moção depois dessa deslocação. O documento tem estado a ser concluído nas últimas horas e é apresentado esta sexta-feira às 18:00 na sede do partido em Lisboa.
Entre os temas que abordou pelo país estiveram a necessidade de estabilidade fiscal e laboral no país, de colocar Portugal no mapa internacional de negócios, e, a nível interno, de o partido estar preparado para a possibilidade de eleições antecipadas, defendendo que PSD e CDS ganham em ir separados a futuras eleições.
Pelo meio, Cristas assistiu ao não avanço de uma candidatura da tendência representada por Anacoreta Correia (que a apoiou) e fechou pelo partido a discussão do Orçamento do Estado na Assembleia da República, que criticou mas prometendo, ao contrário do PSD, dar contributos para o documento em sede de debate na especialidade.
Já esta sexta-feira foram conhecidas as linhas da moção subscrita por João Almeida "Fazer melhor: um CDS com ambição", que segundo a Lusa defende a possibilidade de primárias abertas ou fechadas para a escolha de candidatos a deputados, o recurso ao referendo interno para acordos com outros partidos e um Conselho Económico e Social do partido que não seja "uma galeria de notáveis".
O ex-secretário de Estado da Administração Interna e que chegou a ser dado como possível candidato à liderança, quer ainda que o CDS assuma "temas ocupados pela esquerda", como a precariedade laboral ou a cultura.
Também a moção de Diogo Feio e Paulo Núncio (ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais) defendem a ida do em separado CDS e do PSD a eventuais eleições antecipadas, não excluindo a formação de um novo Governo "dentro do quadro parlamentar vigente".
O documento "Uma moção para um novo ciclo" defende que o CDS deve ser "contraponto de moderação, abrangência e pragmatismo", autonomizando-se "da ideologia do período de emergência e do quadro mental da crise e do resgate", refere a Lusa.
"O CDS deve ser o campeão da redução da despesa pública e da diminuição do peso do Estado na sociedade e na economia", defende o documento, que também preconiza a reintrodução e aprofundamento do quociente familiar no IRS (substituído neste Orçamento do Estado por uma dedução fixa de 600 euros por filho).