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Assunção Cristas: "O CDS não será o partido de uma única mulher"

Assunção Cristas garante que "o CDS nunca foi o partido de um homem só e não será de uma única mulher". A candidata à liderança do CDS-PP anunciou formalmente esta quinta-feira a sua candidatura ao lugar de Paulo Portas.

Bruno Simão/Negócios
14 de Janeiro de 2016 às 20:29
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A antiga ministra da Agricultura formalizou esta quinta-feira, 14 de Janeiro, a sua candidatura à liderança do CDS-PP, depois de ainda durante a tarde ter comunicado a decisão na sua página do Facebook. "Candidato-me por três razões essenciais: tenho a profunda convicção que me devo candidatar para cumprir a causa pública, gosto de política e entrei para o CDS por convicção e sinto que tenho condições para ser presidente do CDS", começou por anunciar Assunção Cristas.

"Tenho bem consciente que em política nada se faz sozinho", assume. "Olho para mim como alguém que trabalha para agregar pessoas, construir relações fortes", apontou a professora universitária e actual deputada da Assembleia da República. Assunção Cristas delineou algumas das prioridades que tem para o partido caso chegue à liderança e diz que "na prioridade dos trabalhos está atrair mais pessoas". É essa uma das linhas mais sublinhadas por Assunção Cristas no seu anúncio: "o CDS nunca foi o partido de um homem só e não será garantidamente o partido de uma única mulher", garante.

"Candidato-me porque estou preocupada com o país, com um Governo que torna tudo aparentemente fácil. Veja-se o caso da Educação", afirmou, apontando críticas ao actual Governo, pelas decisões das últimas semanas. "Um Governo que desconfia do sector privado desconhece a importância do investimento privado na criação de emprego", exemplifica.

Tenho bem consciente que em política nada se faz sozinho. O CDS nunca foi o partido de um homem só e não será garantidamente o partido de uma única mulher. Assunção Cristas Candidata à liderança do CDS-PP

Assunção Cristas quer um CDS mais "robusto"

"O centro direita em Portugal tem de crescer para garantir aos portugueses uma alternativa. O CDS, assente na democracia cristã é o partido mais bem posicionado para cimentar esse crescimento", acredita a candidata. Assunção Cristas quer livrar-se do "fantasma do voto útil" e acredita que agora estão reunidas as condições para que o CDS se apresente como "uma parte cada vez mais robusta e alternativa à formação das esquerdas radicais". "É dessa posição clara e firme que nascerá, com nitidez, a convicção de que quando chegar o momento seremos os melhores para governar. É para isso que quero preparar o partido", anuncia.

Questionada sobre a influência do afastamento de Nuno Melo da corrida à liderança do partido na sua candidatura, Cristas assegura que a decisão já estava há muito tomada. "Houve sempre um diálogo entre mim e o Nuno Melo", esclareceu. A jurista sublinha ser um membro "agregador" e não "divisor" do partido e não mostra receio em relação à possibilidade de existirem outras candidaturas.

No seu discurso, Assunção Cristas elogiou Paulo Portas, responsável pelo papel central que Assunção Cristas conquistou no partido. A Portas, Cristas atribui "determinação, inteligência e capacidade de concretizar", que, acredita "continuarão a inspirar o CDS".

A antiga ministra, que enfrenta agora o desafio de quebrar os 42 anos de liderança masculina do CDS-PP, espera que a sua candidatura seja uma iniciativa para outras mulheres ligadas à política. 

(Notícia actualizada às 20:51)

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