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Assunção Cristas e a política: a missão que se transformou num gosto

A participação de Assunção Cristas na campanha do referendo sobre o aborto, em 2007, abriu-lhe as portas da política. "Venha" disse-lhe então Paulo Portas. Ela aceitou o convite e entrou no CDS/PP.

14 de Janeiro de 2016 às 17:09
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Em 2011, Assunção Cristas começava a afirmar-se na vida política portuguesa. Fernando Sobral jornalista do Negócios, entrevistou-a em Fevereiro desse ano para o Weekend e constatava: "a deputada do CDS é uma das revelações parlamentares dos últimos anos. Surpreende pela agilidade do raciocínio e pela flexibilidade das palavras".

"Ainda estou num processo de saber o que é a política para mim", desabafava então Assunção Cristas que agora, seis anos depois, se candidata a líder do CDS/PP. A entrada de Assunção Cristas no mundo da política começou pela sua participação na campanha do referendo do aborto, em 2007, e continuou com um convite de Paulo Portas para entrar no CDS/PP.

"A aceitação de vir para a política foi uma lógica de missão. Foi um bocadinho pensar: todos temos um dever de contribuir para o bem comum da sociedade. As minhas preocupações até aí eram outras mas, uma vez confrontada com uma pergunta e um convite expresso a dizer "venha!", dizer que "não" seria contrariar a missão de cada pessoa que é dar algo de seu para o benefício de todos. Portanto, a aceitação foi um sentido de missão, continuar o trabalho tem-se transformado num gosto".


Em 2011, na entrevista ao Weekend do Negócios, Assunção Cristas abordou diversos temas. Aqui fica o que de mais importante disse sobre cada um deles. Em discurso directo. 


A SOCIEDADE


"Eu acho que não temos ainda uma sociedade civil muito forte. Aliás nunca tivemos. Temos um Estado asfixiante, da própria sociedade civil e do mundo privado. Mas sempre foi assim."


O CDS


"O CDS é naturalmente um partido de direita, mas com fortes preocupações sociais. Se entender essas preocupações sociais como algo que puxa o CDS para o centro, então sempre a tivemos. Essa matriz social distingue-nos do PSD." 


AS REDES SOCIAIS

"Há muita gente que acompanha a política através da internet. E aí acho que o Twitter e o Facebook são meios de comunicação política que tendem a crescer. É mais um canal de difusão da mensagem política e um canal livre, já que não está sujeito à selecção editorial dos meios de comunicação." 


OS TEMPOS LIVRES


"O pouco tempo que tenho à noite é para ler. Prefiro ler do que ver televisão. Leio coisas muito diversas mas gosto muito de poesia. (…) Gosto muito de Ruy Belo, Sophia de Mello Breyner." 


O DINHEIRO


"Para sobreviver, para educar os meus filhos, para comprar livros e não muito mais." 


A FELICIDADE


"Felicidade perfeita, e eu sou crente, é algo que não se alcança aqui e está reservado para uma outra altura que tem a ver com a comunhão plena com Deus. Essa é a felicidade perfeita. O que temos na Terra é um espelho dessa felicidade onde podemos não só experimentar como criar essa felicidade." 


A ADVOCACIA


"Eu gostaria de fazer advocacia, fiz o estágio, mas nunca experimentei advocacia a sério. Porque me meti logo a fazer o doutoramento e isso foi muito absorvente. Sinto alguma pena por não ter feito mas é uma escolha minha que tem outros benefícios. Estou feliz por isso. Também tive a possibilidade de escolher entrar para a política ou não entrar. Escolhi entrar. Nem toda a gente pode fazer isto, isso sem dúvida."


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