Notícia
Nuno Melo não se candidata à liderança do CDS
O eurodeputado centrista não vai ser candidato à liderança do CDS. Nuno Melo invocou o facto de ser eurodeputado para não avançar para a sucessão de Paulo Portas. Melo vai apoiar Assunção Cristas.
"Entendi existirem outras pessoas neste momento, nestas circunstâncias, em melhores condições do que eu para serem candidatas à liderança do CDS". Foi assim que Nuno Melo justificou o facto de não se candidatar à liderança do CDS, numa declaração feita à imprensa na sede do partido. O centrista justifica a sua decisão com o facto de ser eurodeputado e de querer levar o seu mandato até ao fim. Acresce que, para ser deputado na Assembleia da República, teria igualmente que passar à frente de outros centristas.
"Em tempos de liderança de Ribeiro e Castro disse como considerava inconveniente a liderança do partido por um eurodeputado", lembrou Nuno Melo. Ora, esses são motivos que "hoje se repetem". "O presidente do partido tem de poder debater com o primeiro-ministro quando aconteçam debates na Assembleia da República. A Assembleia da República é o centro da vida política nacional. Afirmei-o nesse tempo" e "hoje mantenho".
"Sou eurodeputado. A minha palavra, as minhas declarações são afirmações consolidadas que assumo sempre, mais ainda necessariamente em causa própria. O que antes exigi aos outros seria hoje avaliado como exercício em causa própria", explicou. Acresce que "poderia assentar mandato na Assembleia desde que todos os candidatos pelo círculo eleitoral de Braga antes de mim renunciassem a esses mandatos".
Só que esses "são os seus mandatos, não são os meus, não tenho como, não posso, não devo e não quero dispor dos mandatos que são de terceiros". E com base nessas circunstâncias, Nuno Melo conclui que "há pessoas mais bem colocadas para serem candidatas a presidente do CDS". Entre essas pessoas está Assunção Cristas.
Melo diz ter recebido apoio de todos os pontos do país para avançar para a presidência do CDS, que agora ficará vaga depois da saída de Paulo Portas. "Sei que desiludirei muita gente" ao não o fazer, reconhece Nuno Melo, mas "se esse for o custo que eu tiver de pagar para garantir que o CDS não se balcanizará, se eu puder ser, como quero, um factor de unidade, assim será".
Assunção Cristas terá apoio de Nuno Melo
Depois de se ter colocado de fora da corrida, Melo comentou a eventual candidatura de Assunção Cristas e elogiou-a. "Marcará uma diferença em relação à liderança de Paulo Portas que eu nunca conseguiria. O CDS precisa que essa diferença seja assinalada quando Paulo Portas sair, que não seja um partido de portismo sem Paulo Portas", defendeu. "O pior serviço que algum novo líder poderia prestar ao CDS seria repetir-lhe os gestos ou imitar-lhe o trajecto", acrescentou ainda.
Assunção Cristas é ainda "apreciada pela comunicação social" e "terá um estado de graça de que eu dificilmente beneficiaria se viesse a ser líder do CDS". Em suma, "se Cristas tiver vontade, e vier a manifestar essa vontade de ser candidata a presidente do CDS, terá o meu apoio", garantiu o eurodeputado.
Nuno Melo puxou dos galões no início da sua intervenção para mostrar que já fez tudo no partido. "No CDS percorri a escadaria toda, do topo à base, nada me foi dado e nunca fui pela mão de ninguém", lembrando que foi "presidente concelhio, distrital e dirigente nacional", tendo sido "candidato em todas as disputas", desde a "assembleia de freguesia, assembleia municipal, Assembleia da República e Parlamento Europeu".
Nas eleições europeias, orgulha-se de ter conseguido "um bom resultado" quando as sondagens davam "2% ou 3%" aos centristas. "Digo isto para dizer que conheço profundamente o CDS, e tenho vontade". Mas a vontade não chega. "Acontece que, para lá da minha vontade, tenho que ter a capacidade de ler as minhas circunstâncias".
O congresso do CDS está marcado para os dias 12 e 13 de Março. Assunção Cristas, que lidera a sondagem da Aximage para a liderança do partido, ainda não anunciou que será candidata, mas o Expresso antecipa que o anúncio será feito ainda esta quinta-feira.
Paulo Portas anunciou que ia deixar o CDS a 28 de Dezembro de 2015.
(Notícia actualizada com mais informação pela última vez às 12:55)
"Em tempos de liderança de Ribeiro e Castro disse como considerava inconveniente a liderança do partido por um eurodeputado", lembrou Nuno Melo. Ora, esses são motivos que "hoje se repetem". "O presidente do partido tem de poder debater com o primeiro-ministro quando aconteçam debates na Assembleia da República. A Assembleia da República é o centro da vida política nacional. Afirmei-o nesse tempo" e "hoje mantenho".
Só que esses "são os seus mandatos, não são os meus, não tenho como, não posso, não devo e não quero dispor dos mandatos que são de terceiros". E com base nessas circunstâncias, Nuno Melo conclui que "há pessoas mais bem colocadas para serem candidatas a presidente do CDS". Entre essas pessoas está Assunção Cristas.
Melo diz ter recebido apoio de todos os pontos do país para avançar para a presidência do CDS, que agora ficará vaga depois da saída de Paulo Portas. "Sei que desiludirei muita gente" ao não o fazer, reconhece Nuno Melo, mas "se esse for o custo que eu tiver de pagar para garantir que o CDS não se balcanizará, se eu puder ser, como quero, um factor de unidade, assim será".
Assunção Cristas terá apoio de Nuno Melo
Depois de se ter colocado de fora da corrida, Melo comentou a eventual candidatura de Assunção Cristas e elogiou-a. "Marcará uma diferença em relação à liderança de Paulo Portas que eu nunca conseguiria. O CDS precisa que essa diferença seja assinalada quando Paulo Portas sair, que não seja um partido de portismo sem Paulo Portas", defendeu. "O pior serviço que algum novo líder poderia prestar ao CDS seria repetir-lhe os gestos ou imitar-lhe o trajecto", acrescentou ainda.
Assunção Cristas é ainda "apreciada pela comunicação social" e "terá um estado de graça de que eu dificilmente beneficiaria se viesse a ser líder do CDS". Em suma, "se Cristas tiver vontade, e vier a manifestar essa vontade de ser candidata a presidente do CDS, terá o meu apoio", garantiu o eurodeputado.
Nuno Melo puxou dos galões no início da sua intervenção para mostrar que já fez tudo no partido. "No CDS percorri a escadaria toda, do topo à base, nada me foi dado e nunca fui pela mão de ninguém", lembrando que foi "presidente concelhio, distrital e dirigente nacional", tendo sido "candidato em todas as disputas", desde a "assembleia de freguesia, assembleia municipal, Assembleia da República e Parlamento Europeu".
Nas eleições europeias, orgulha-se de ter conseguido "um bom resultado" quando as sondagens davam "2% ou 3%" aos centristas. "Digo isto para dizer que conheço profundamente o CDS, e tenho vontade". Mas a vontade não chega. "Acontece que, para lá da minha vontade, tenho que ter a capacidade de ler as minhas circunstâncias".
O congresso do CDS está marcado para os dias 12 e 13 de Março. Assunção Cristas, que lidera a sondagem da Aximage para a liderança do partido, ainda não anunciou que será candidata, mas o Expresso antecipa que o anúncio será feito ainda esta quinta-feira.
Paulo Portas anunciou que ia deixar o CDS a 28 de Dezembro de 2015.
(Notícia actualizada com mais informação pela última vez às 12:55)