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CDS diz que é do interesse nacional que Moody's encare aprovação do OE como positiva

O CDS-PP encarou "com naturalidade" e disse ser do interesse nacional que a agência de notação financeira Moody's tenha considerado que a aprovação do Orçamento é "positiva" para o risco de crédito e a credibilidade orçamental.

Bruno Simão/Negócios
25 de Fevereiro de 2016 às 18:56
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"O CDS, desde o início deste processo orçamental, disse que tem uma posição política sobre o conteúdo do Orçamento que não põe em causa a defesa em termos externos do interesse nacional. E é do interesse nacional que uma agência de 'rating' considere que é melhor haver um Orçamento aprovado do que não haver um Orçamento aprovado, o que não quer dizer que o Orçamento seja bom", afirmou o deputado João Almeida.

 

Questionado pelos jornalistas no parlamento sobre a posição da Moody's, João Almeida disse encarar "com naturalidade" a perspectiva expressa pela agência de notação.

 

"A aprovação de um Orçamento num país que está a debater o Orçamento é um sinal positivo", declarou. "O CDS disse, através da deputada Assunção Cristas, no encerramento do debate do OE que apesar de todas as dúvidas que temos, apesar de todas as incertezas, apesar de considerarmos um exercício arriscado, queremos, no fundo, que ao menos a execução corra bem porque isso é o melhor para o país", sustentou.

 

A agência de notação financeira Moody's considerou esta quinta-feira que a aprovação do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) é "positiva" em termos de risco de crédito e melhora a credibilidade orçamental.

 

A aprovação do OE2016 na generalidade, na terça-feira, com o aval dos três partidos de esquerda que apoiam o Governo socialista (PCP, BE e Os Verdes) é positiva em termos de risco de crédito porque revela a capacidade e vontade do executivo liderado por António Costa "inverter o rumo" em prol de uma orientação orçamental mais realista do que a versão preliminar apresentada em Fevereiro, refere a nota da agência de 'rating'.

 

A Moody's duvida, no entanto, que a meta do défice prevista no OE2016 (2,2% do PIB) se concretize, já que prevê um crescimento inferior ao do Governo (1,6% contra 1,8%), e aponta para um défice próximo dos 3% "em linha com as anteriores expectativas".

 

A agência de 'rating' sublinha ainda que há riscos na implementação das medidas do lado da despesa, já que parte importante da poupança deve ser obtida através de melhorias na eficiência na administração pública e do congelamento nominal da aquisição de bens e serviços (que o Governo estima numa poupança combinada de 0,3% do PIB).

 

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