O BES decidiu constituir uma provisão adicional de 856 milhões de euros para fazer face a dívida emitida pela Espíirito Santo International (ESI) que a nova administração do banco, liderada por Vítor Bento, só ficou a conhecer após a comunicação ao mercado a 10 de Julho da existência de 3,1 mil milhões de euros em dívida emitida pelo Grupo Espírito Santo (GES). O reconhecimento desta imparidade avolumou os prejuízos do BES.

"Após a divulgação das exposições ao GES efectuada ao mercado no dia 10 de Julho, o Conselho de Administração tomou conhecimento da existência de duas cartas emitidas pelo Banco Espírito Santo a benefício de entidades credoras da Espírito Santo International, cuja aprovação não havia sido realizada de acordo com os procedimentos internos instituídos no Banco, nem constava dos seus registos contabilísticos a 30 de Junho", diz o banco.

"Para fazer face aos passivos contingentes descritos neste ponto, o conselho de administração decidiu constituir uma provisão de 856 milhões de euros", valor que elevou o total de imparidades reconhecidas nas contas do primeiro semestre para 4.253,5 milhões de euros. O reconhecimento destas imparidades levou o BES para um prejuízo histórico de 3,577 mil milhões.