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BES diz que perdas potenciais com o GES "não põem em causa o cumprimento dos rácios de capital"

O BES emitiu esta noite um comunicado onde detalha a exposição ao Grupo Espírito Santo, adiantando que as perdas potenciais não podem ainda ser totalmente apuradas. Ainda assim, a administração do banco considera que "as potenciais perdas resultantes da exposição ao Grupo Espírito Santo não põem em causa o cumprimento dos rácios de capital regulamentares" e o banco tem uma almofada de capital de 2,1 mil milhões de euros acima do rácio mínimo regulamentar.

Bruno Simão/Negócios
11 de Julho de 2014 às 00:16
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As perdas potenciais que o Banco Espírito Santo pode enfrentar com a exposição ao Grupo Espírito Santo "não põem em causa o cumprimento dos rácios de capital regulamentares", acredita a comissão executiva do banco.

 

O BES emitiu esta noite um comunicado, onde detalha a exposição ao GES, isto depois de as acções do banco terem sido suspensas por determinação da CMVM, numa altura em que registavam uma queda de 17%.

 

Apesar desta previsão de que a exposição ao GES não ameaça os rácios de capital, o BES adianta que para "poder estimar potenciais perdas associadas à exposição ao Grupo Espírito Santo", precisa que seja publicado o plano de reestruturação do GES. Tal deverá acontecer até ao final do mês, uma vez que a "holding" Espírito Santo International tem uma assembleia geral onde os accionistas deverão aprovar este plano até ao final de Julho.   

 

Ainda assim, mesmo sem ser conhecido o conteúdo deste plano, a comissão executiva do BES, que ainda é liderada por Ricardo Salgado, "considera que as potenciais perdas resultantes da exposição ao Grupo Espírito Santo não põem em causa o cumprimento dos rácios de capital regulamentares".

 

No comunicado emitido esta noite, o BES acrescenta que "detinha em 31 de Março de 2014, em base consolidada e considerando o montante do aumento de capital realizado em Junho, um buffer de capital de 2,1 mil milhões de euros acima do rácio mínimo regulamentar Common Equity Tier I", que é de 8%.

 

A crise no GES e o potencial impacto no BES levou a CMVM a suspender as acções do banco, até que o banco prestasse esclarecimentos sobre a exposição ao GES. Esta crise provocou uma queda acima de 4% na Bolsa portuguesa e foi também a justificação para o dia negativo nas bolsas europeias e norte-americanas. A suspensão das acções foi efectuada pouco depois das 12h00 e só cerca de 12 horas depois foi emitido o comunicado do BES. O ESFG, que solicitou a suspensão das suas acções, ainda não prestou qualque esclarecimento.

 

No comunicado emitido pelo BES, onde é detalhada a exposição do BES e dos seus clientes ao GES, o banco compromete-se "a não aumentar a exposição total ao Grupo Espírito Santo".

 

À data de 30 de Junho (final do primeiro semestre), a exposição do BES ao GES era de 1.182 milhões de euros, entre crédito concedido a empresas do grupo, títulos de dívida dessas companhias e outras aplicações. Além deste montante, existem ainda garantias prestadas ao GES no valor de 56 milhões de euros.

 

Dentro deste total, está uma exposição de 858,1 milhões de euros à  ESFG, a holding financeira do GES e 224,3 milhões de euros à Rioforte e outras subsidiárias da área não financeira do GES.

 

O Banco de Portugal reiterou esta quinta-feira que a situação de solvabilidade do BES é sólida".

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