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BCP fala em "potencial regresso" aos dividendos em 2018
A devolução dos Cocos ao Estado permite ao BCP pensar no regresso aos dividendos. Não há compromisso. Mas há um objectivo: distribuir no mínimo 40% dos resultados de 2018 aos accionistas.
O Banco Comercial Português (BCP) pretende regressar ao pagamento de dividendos após o aumento de capital. Na apresentação aos investidores sobre a operação de 1,3 mil milhões de euros, o banco liderado por Nuno Amado fala num "potencial regresso" à remuneração accionista.
Com o reforço de capital, o banco que tem a Fosun como maior accionista pretende reembolsar a ajuda estatal de 700 milhões. Com esse pagamento, há um "cancelamento de restrições chave relacionadas com suporte do Estado, incluindo proibição de distribuição de dividendos, risco de venda potencial de negócios core e risco de conversão em participação accionista".
No documento, divulgado esta quinta-feira 12 de Janeiro, o BCP indica que a "emissão de direitos pretende acelerar o regresso à normalização da actividade do banco, incluindo o potencial regresso ao pagamento de dividendos, em vez da abordagem faseada seguida até à data".
Falando nesse "potencial regresso ao pagamento de dividendos", a equipa de Nuno Amado avança com uma intenção: "objectivo para um ‘pay-out’ ratio de pelo menos 40% em 2018, sujeito a requisitos regulamentares". O rácio indica a disposição de distribuir um mínimo de 40% dos resultados obtidos em remuneração accionista. Os resultados de 2018, pelo que o pagamento é no ano seguinte.
A agência de "rating" DBRS comentou hoje que acredita no regresso do BCP aos lucros em 2017, o que é um primeiro passo para ter resultados para distribuir.
O aumento de capital começa na próxima semana. Na terça-feira, as acções do banco passam a negociar sem direitos associados à operação, já que estes começam a negociar em bolsa na quinta-feira seguinte, 19. Estes direitos permitem a compra das novas acções que serão emitidas pelo BCP.
(Notícia actualizada às 17:45 com mais informações)