Notícia
DBRS acredita que BCP volta aos lucros em 2017
O aumento de capital retirar uma “incerteza central” do caminho do BCP em 2017, acredita a DBRS.
"Para 2017, a DBRS espera que o BCP passe a apresentar lucros e continue a melhorar a rentabilidade, sobretudo com menores entradas de crédito malparado e reduções adicionais nos custos de financiamento. As provisões devem regressar a níveis mais normais à medida que a qualidade de risco continua a estabilizar, ainda que o custo do risco deva permanecer acima dos pares europeus".
As frases constam do relatório da agência de notação financeira canadiana no relatório publicado esta quinta-feira, 12 de Janeiro, sobre o aumento de capital de 1,3 mil milhões de euros anunciado na segunda-feira.
O aumento de capital, que vai permitir o pagamento integral dos 700 milhões de euros em obrigações convertíveis CoCos estatais, o que, antecipa a DBRS, "vai ter um impacto anual positivo de 65 milhões de euros no resultado líquido".
Em relação à operação, a agência canadiana considera que o aumento de capital é um "passo importante para reforçar a posição de capital do BCP", retirando "uma incerteza central do caminho do BCP em 2017", nomeadamente sobre a capacidade de reembolsar a ajuda estatal recebida em 2012. Além deste reembolso, o capital arrecadado com esta operação servirá para melhorar os rácios de capital do banco.
O CET 1, rácio de referência, estava em 9,5% em Setembro passado e deverá melhorar para 11,4% com o reforço de capital. "Este rácio corresponde uma melhoria significativa embora a DBRS assinale que a qualidade dos activos do banco continuem fracos e podem continuar a ter impacto sobre o capital", indica a nota.
A DBRS acredita que a Fosun e a Sonangol vão ter participações significativas no banco após a operação. Ambas têm autorização do Banco Central Europeu para ascender a 30%.
A agência de rating canadiana tem uma notação financeira de BB, "high", para o BCP. Uma nota que ese situa no patamar considerado especulativo.