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BCP sobe pela primeira sessão em seis dias

As acções do BCP subiram mais de 5%, com um volume mais de quatro vezes superior à média dos últimos seis meses. Ainda assim a semana foi negra, com os títulos a registarem a maior queda desde Junho.

Miguel Baltazar/Negócios

As acções do BCP fecharam a sessão a subir 5,72% para 0,869 euros, uma subida que foi justificada pelo facto de a instituição liderada por Nuno Amado ter admitido regressar ao pagamento de dividendos, depois de reembolsar o Estado do resto da ajuda pública que recebeu em 2012. Desse auxílio sobram 700 milhões de euros, que o BCP vai devolver após o aumento de capital.

 

Tendo em consideração o valor de fecho das acções esta sexta-feira, o valor teórico dos direitos é de 0,727 euros. Já a cotação das acções após aumento de capital é de 0,1424 euros.

 

Esta é a primeira subida em seis dias, e reduz para 17,65% a queda semanal. Ainda assim, esta é o recuo mais pronunciado desde o período terminado a 3 de Junho, semana em que as acções afundaram 25%.

 

O anúncio do aumento de capital, no montante de 1,33 mil milhões de euros, fez disparar também o volume de acções negociadas. Só esta sexta-feira foram transaccionadas 13,1 milhões de títulos, o que compara com a média diária dos últimos seis meses que é de 3,25 milhões.

 

No prospecto, divulgado esta quinta-feira, 12 de Janeiro, o BCP indica que a "emissão de direitos pretende acelerar o regresso à normalização da actividade do banco, incluindo o potencial regresso ao pagamento de dividendos, em vez da abordagem faseada seguida até à data".

 

A equipa de Nuno Amado avança com uma intenção: "objectivo para um ‘pay-out’ ratio de pelo menos 40% em 2018, sujeito a requisitos regulamentares". O rácio indica a disposição de distribuir um mínimo de 40% dos resultados obtidos em remuneração accionista. Os resultados referidos são de 2018, pelo que o pagamento acontecerá no ano seguinte. 

 

No prospecto do aumento de capital são revelados vários riscos identificados pelo próprio banco, bem como as datas da operação. Na terça-feira, as acções do banco passam a negociar sem direitos associados à operação, já que estes começam a negociar em bolsa na quinta-feira seguinte, 19. Cada direito permite a compra de 15 acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada uma.

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