O espanhol banco Santander aumentou os seus lucros em 22% nos primeiro semestre deste ano para os 2,7 mil milhões de euros.

O resultado da casa-mãe do Santander Totta em Portugal superou as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg que esperavam uma subida de 2,5 mil milhões.

"O desempenho no primeiro semestre de 2014 prova que o Santander está de regresso aos níveis pré-crise de lucro", disse o presidente não executivo da instituição, Emilio Botin. "A diversificação geográfica do grupo desempenhou um papel importante", apontou

Estes ganhos foram sustentados em diversos factores, como aponta a instituição, como o crescimento do crédito em vários mercados onde o banco já se encontra plenamente estabelecido. Este subiu 3% durante os primeiros meses do ano, 22,924 mil milhões de euros, para os 734.3 mil milhões de euros. 

Os depósitos e fundos de investimentos, num total de 737,5 mil milhões, aumentaram 4% para os 25,6 mil milhões. Também as contas correntes registaram uma subida de 6%, mais 18 mil milhões.

Mas apesar do aumento dos lucros, as receitas totais do grupo caíram 4,4% para os 20,6 mil milhões de euros. Isto explica-se, segundo o banco, devido à diminuição da necessidade de saneamentos, com as dotações para insolvências de créditos (-18,5%) e a deterioração de outros activos a sofrerem reduções (-32,5%).

O Reino Unido é o mercado onde têm origem a maioria dos lucros do banco, 20% do total. Segue-se o Brasil com 19% e Espanha com 13%.

O banco também melhorou os seus rácios de solvabilidade no primeiro semestre, com o rácio Core Tier 1 a situar-se nos 10,92%.

Já no segundo trimestre, os lucros subiram 12% para os 1,453 mil milhões de euros, o maior dos nove últimos trimestres.

O banco Santander está esta quinta-feira a cair 1,55% para os 7,581 euros na bolsa de Madrid.