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SAG confia em sucesso de negociações com a Volkswagen

A SAG Gest indica estar confiante nas negociações que encetou com a Volkswagen para “um plano de reposicionamento do seu negócio” que permita à empresa liderada por João Pereira Coutinho inverter a difícil situação financeira e operacional em que se encontra.

O mandato do conselho de administração da SAG, presidido por João Pereira Coutinho, terminou no final de 2017, ano em que as funções executivas passaram a ser asseguradas pelo presidente em conjunto com dois administradores-delegados.
Pedro Curvelo pedrocurvelo@negocios.pt 21 de Agosto de 2018 às 19:50

A SAG Gest indica ter "uma expectativa favorável" sobre o sucesso das negociações que encetou com a Volkswagen para "um plano de reposicionamento do seu negócio" que permita à empresa liderada por João Pereira Coutinho inverter a difícil situação financeira e operacional em que se encontra.

A SAG, assinala esta terça-feira, 21 de Agosto, no relatório e contas do primeiro semestre, que apesar da situação de "risco acrescido para o normal desenvolvimento das actividades da SAG Gest e das suas participadas", confia que será possível "restabelecer a rentabilidade e sustentabilidade da actividade da SAG Gest, bem como o seu equilíbrio financeiro".

Para isso, adverte, é essencial que as negociações com a Volkswagen cheguem a bom porto. No sábado passado, o Expresso noticiou que a Volkswagen pretende assumir a importação dos veículos para Portugal através da sua filial austríaca Porsche Holding Salzburg, maior distribuidora automóvel na Europa.

Contactada pelo Negócios, a empresa austríaca indicou que "está sempre atenta a oportunidades para expandir o seu negócio". No entanto, a empresa escusa-se a tecer quaisquer comentários sobre negócios ou negociações que estejam em curso.

No documento hoje divulgado, a SAG refere que a boa evolução do mercado automóvel em Portugal "deverá contribuir também positivamente para o desempenho da SAG Gest em Portugal, de maneira a que seja possível conseguir uma conta de resultados estruturalmente rentável e sustentável no médio prazo, pese a situação de liquidez da SAG Gest no momento presente".

O sucesso das negociações com o grupo Volkswagen "é um factor crítico para que seja possível restabelecer a rentabilidade e sustentabilidade da actividade da SAG Gest, bem como o seu equilíbrio financeiro", sublinha a empresa.

A SAG revela também as condições em que a Volkswagen pode denunciar o contrato com a SIVA. Assim, a fabricante alemã pode romper o contrato "com pré-aviso de 12 meses com base na necessidade de se proceder a uma reestruturação total ou de parte significativa da rede de vendas", mas também "com efeitos imediatos por justa causa e em particular nas seguintes condições: ausência ou falta de autorização legal que permita a subsidiária SIVA prosseguir a sua actividade, dificuldades estruturais, financeiras ou laborais sem resolução num período considerado razoável, insolvência ou violação de outros termos constantes no contrato de importação".

A 13 de Agosto, aquando da apresentação dos resultados semestrais, a empresa descrevia a sua situação de forma menos optimista, salientando que o primeiro semestre ficou marcado pela continuidade da "tendência de agravamento do risco de liquidez, que contribuiu para o declínio da actividade operacional da SAG Gest e, em especial, da subsidiária SIVA".

A SAG encerrou a primeira metade do ano com prejuízos de 10,1 milhões de euros, valor que compara com as perdas de 630 mil euros registadas em Junho de 2017. As vendas sofreram uma quebra de 2,3%, para 323,6 milhões de euros, tendo o resultado operacional bruto (EBITDA) sido de 3,1 milhões de euros negativo, enquanto no primeiro semestre do ano passado tinha sido de 9,7 milhões de euros positivos.

As vendas das marcas representadas pela SIVA – Volkswagen, Audi e Škoda – acumularam uma quebra de 27,6%, com a Volkswagen a sofrer uma queda de 22,5%, a Audi a reduzir as vendas em 36,4% e a Škoda a vender menos 27,8%. Isto quando o mercado de automóveis ligeiros em Portugal cresceu 5,5%. A SIVA perdeu quota de mercado, passando de 11,5% para 7,9%.

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