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SAG afunda 30% e estreia novo mínimo histórico após prejuízos

Não há novidades sobre a venda da SIVA. E, enquanto isso, os prejuízos agravam-se. Razões para a SAG estar a cair em força esta segunda-feira. A pressão vendedora é forte e os títulos já caíram 30%.

Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 12 de Novembro de 2018 às 09:27

É um marcha-atrás intenso aquele que a SAG está a fazer na manhã desta segunda-feira, 12 de Novembro. As acções da empresa, que através da SIVA distribui marcas do Grupo Volkswagen, estão a afundar e já embateram mesmo num valor nunca antes tocado.

 

Os títulos da SAG – Soluções Automóvel Global já estiveram a ceder 30,98% para 5,66 cêntimos, um valor nunca antes experimentado pela empresa. A negociação esta manhã foi sempre no vermelho, já que a quebra menos intensa experimentada esta manhã foi de 17,5%. Neste momento, os títulos seguem nos 6,18 cêntimos, uma perda de 25% face ao fecho de sexta-feira.

A SAG Gest apresenta um valor de mercado de 10,5 milhões de euros sendo que, este ano, já perdeu 60% da sua capitalização. 

 

A tendência de queda ocorre na primeira sessão bolsista após a divulgação dos resultados relativos ao terceiro trimestre. A SAG Gest apresentou prejuízos de 12,4 milhões de euros entre Janeiro e Setembro, uma importância que é mais do triplo do registado no mesmo período do ano anterior. 

 

Há uma forte pressão vendedora dos títulos da SAG na Bolsa de Lisboa. Em menos de uma hora de negociação, já tinham sido negociadas mais de 230 mil acções quando a média diária, nos últimos seis meses, é de 50 mil títulos transaccionados numa sessão (8 horas e meia). Por comparação, na sexta-feira negociaram menos de 12 mil acções e no dia anterior nem sequer houve troca de acções da SAG. É preciso recuar a Agosto para encontrar uma sessão mais animada.

 

Um comportamento que se deve também ao facto de ainda não haver indicações sobre o futuro da empresa. Sabe-se, há meses, que a empresa de João Pereira Coutinho está a negociar a venda da sua participada SIVA. Há até um interessado a comprador público: Porsche Holding Salzburg, a maior distribuidora automóvel da Europa e detida na totalidade pela Volkswagen. Só que, embora esperando-se novidades em Setembro, tal não aconteceu. Até Novembro. 

 

"A SAG continua empenhada em procurar soluções que permitam garantir a sustentabilidade das principais actividades desenvolvidas na área do comércio e distribuição automóvel, pelo que têm vindo a ser desenvolvidas e aprofundadas conversações no quadro de um processo negocial alargado envolvendo potenciais investidores e stakeholders. O desfecho desse processo negocial não se encontra ainda garantido, não existindo, até à presente data, qualquer decisão ou acordo, nem garantia de que os termos de um eventual acordo venham a permitir salvaguardar a continuidade do Grupo SAG Gest tal como presentemente tem vindo a operar ou de que tal acordo venha a existir no futuro", é o que escreve o grupo, no comunicado de resultados divulgado na sexta-feira passada.


A SIVA, participada da SAG, distribui em Portugal os carros das marcas Volkswagen, Audi, Skoda, Lamborghini e Bentley. 


A SAG tem 80,08% do seu capital nas mãos de João Pereira Coutinho, estando 10,04% do capital disperso em bolsa (as restantes 9,88% são acções próprias detidas pela empresa), segundo o relatório e contas do ano passado. 

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