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SAG mais do que triplica prejuízos e reitera ter futuro em risco

A SAG Gest registou 12,4 milhões de euros de prejuízo nos primeiros nove meses do ano, mais do que triplicando as perdas face a igual período de 2017. A empresa volta a indicar que a sua sobrevivência está em jogo.

O mandato do conselho de administração da SAG, presidido por João Pereira Coutinho, terminou no final de 2017, ano em que as funções executivas passaram a ser asseguradas pelo presidente em conjunto com dois administradores-delegados.
Pedro Curvelo pedrocurvelo@negocios.pt 09 de Novembro de 2018 às 19:17

A SAG Gest registou 12,4 milhões de euros de prejuízo nos primeiros nove meses do ano, mais do que triplicando as perdas face a igual período de 2017, revelou esta sexta-feira a empresa liderada por João Pereira Coutinho. A empresa volta a referir no comunicado que a "continuidade do Grupo SAG Gest tal como presentemente tem vindo a operar" não está garantida.

O volume de negócios cifrou-se em 446,9 milhões de euros, uma quebra de 5,8% em termos homólogos. Já o resultado operacional bruto (EBITDA) foi de 472 mil euros negativos, valor que compara com 11,37 milhões positivos em igual período de 2017.


A dívida líquida recuou para 122,8 milhões de euros, uma descida de 2,4 milhões face aos 125,2 milhões de euros que se registavam a 31 de Dezembro do ano passado.

Sobrevivência ameaçada

A empresa liderada por Pereira Coutinho refere que "o contexto da conta de resultados da SAG Gest, tem vindo a agravar o risco de liquidez". "A não verificação da capacidade de acomodar os impactos temporários associados às características do principal negócio desenvolvido pela SAG Gest, poderá traduzir-se num risco acrescido para o normal desenvolvimento das actividades da SAG Gest e das suas participadas", acrescenta, reiterando o que já havia assinalado aquando da apresentação das contas semestrais.

A SAG assinala que "têm vindo a ser desenvolvidas e aprofundadas conversações no quadro de um processo negocial alargado envolvendo potenciais investidores e stakeholders".  

No entanto, ressalva que "o desfecho desse processo negocial não se encontra ainda garantido, não existindo, até à presente data, qualquer decisão ou acordo, nem garantia de que os termos de um eventual acordo venham a permitir salvaguardar a continuidade do Grupo SAG Gest tal como presentemente tem vindo a operar ou de que tal acordo venha a existir no futuro".


Quebra nas vendas


Sobre a evolução das vendas da subsidiária SIVA, que comercializa as marcas Volkswagen, Audi e Škoda, o comunicado indica que estas se encontram em contraciclo com o mercado português.


Se o mercado nacional cresceu 6,5% nos ligeiros de passageiros e 3,9% nos comerciais ligeiros nos primeiros nove meses do ano, as marcas vendidas pela SIVA apresentam fortes quebras: -19,8% na Volkswagem, -38,6% na Audi e -22,8% na Škoda.


A empresa justifica estas quedas com três factores: forte redução do volume de negócios no rent-a-car; eliminação do volume de "self registration" (viaturas matriculadas para venda em períodos subsequentes) e a falta de disponibilidade de stocks de inúmeros modelos de todas as marcas.


As falhas nos stocks, segundo a SAG, resulta de "atrasos na produção decorrentes do novo processo de homologação dos veículos automóveis (WLTP) na Europa", que afectaram de forma "significativa" as vendas a partir de Agosto.

(Notícia actualizada às 19:26 com mais informação)

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