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SAG agrava prejuízos e diminui vendas no primeiro semestre
A SAG Gest – Soluções Automóveis Globais registou perdas de 10,1 milhões de euros entre Janeiro e Junho, contra 630 mil euros um ano antes. O volume de negócios diminuiu e o EBITDA foi negativo.
A SAG Gest reportou perdas de 10,11 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, contra um prejuízo de 630 mil euros no período homólogo de 2017.
Já as receitas diminuíram 2,3%, para 323,6 milhões de euros, quando nos primeiros seis meses do ano passado o volume de negócios tinha sido de 331,3 milhões.
O valor da margem de contribuição consolidada registou uma redução de 37,9% em relação ao primeiro semestre de 2017, correspondendo a 6,8% do volume de negócios consolidado (10,6% no mesmo período em 2017).
"Esta redução, resulta, em grande parte, do resultado gerado nas operações pontuais de venda para escoamento de ‘stock’, cujo total foi de 7,2 milhões de euros", sublinha o relatório e contas da empresa liderada por João Pereira Coutinho (na foto).
A SAG Gest sublinha que o comportamento da margem de contribuição foi bastante diferente no segundo trimestre face ao primeiro trimestre, "pois este esteve fortemente impactado pelas operações pontuais de venda para escoamento de ‘stock’, cerca de 6 milhões, tendo os restantes 1,2 milhões impactado o segundo trimestre".
Assim, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do primeiro trimestre foi negativo em 3,6 milhões de euros, enquanto no segundo trimestre, e em sentido oposto, o EBITDA foi positivo em 0,5 milhões, totalizando nos primeiros seis meses do ano de 2018 um valor negativo de 3,1 milhões de euros, contra um valor positivo de 9,7 milhões no mesmo período de 2017.
No passado dia 27 de Julho o Jornal Económico avançou que a SAG Gest estava a negociar a venda da SIVA – distribuidora em Portugal das marcas Volkswagen, Audi, Skoda, Lamborghini e Bentley – com a Porsche Holding Salzburg, a maior distribuidora automóvel da Europa e detida na totalidade pela Volkswagen.
No comunicado dos resultados semestrais divulgado esta segunda-feira, a SAG diz que "continuou a verificar-se, durante o primeiro semestre de 2018, a tendência de agravamento do risco de liquidez, que contribuiu para o declínio da actividade operacional da SAG Gest e, em especial, da subsidiária SIVA".
"O Conselho de Administração da SAG Gest continuou a desenvolver negociações com potenciais investidores e outros ‘stakeholders’ no sentido de encontrar soluções que permitam garantir a sustentabilidade das principais actividades desenvolvidas na área do comércio e distribuição automóvel, não existindo até à presente data qualquer decisão ou acordo, nem garantia de que os termos de um eventual acordo venham a permitir salvaguardar a continuidade do Grupo SAG Gest tal como presentemente tem vindo a operar, nem garantia de que tal acordo venha a existir no futuro", adverte o grupo neste mesmo comunicado.
A empresa diz ainda que "além da redução do volume de vendas, o primeiro semestre ficou também marcado pelo agravamento do risco de liquidez, que se traduziu numa redução dos fundos disponíveis para financiar as necessidades temporárias e sazonais de ‘working capital’, tendo sido necessário realizar operações pontuais de venda de viaturas usadas e ‘self registration’ [viaturas matriculadas para venda em períodos subsequentes], que estavam em ‘stock’ em 31 de Dezembro de 2017".
No entanto, sublinha, o impacto destas vendas aceleradas no EBITDA foi menos significativo no segundo trimestre (-Eur 1,2 milhões) do que aquilo que se tinha verificado nos primeiros três meses do ano (-Eur 6,0 milhões).