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SAG perde um quarto do valor em dois dias
As acções da SAG continuam a registar fortes quedas, a reflectir os resultados do primeiro semestre e o facto de ter assumido que a SIVA está a lutar pela sua sobrevivência.
As acções da SAG caíram mais de 6,5%, acumulando assim uma queda de 24,6% no espaço de dois dias. Os títulos da empresa controlada por João Pereira Coutinho (na foto) recuaram assim para mínimos de Maio de 2017.
Em Julho, a SAG tinha já revelado que estava em negociações com investidores com o objectivo de vender a SIVA, subsidiária que representa as marcas do grupo Volkswagen. Na altura a notícia foi bem recebida pelos investidores, que fizeram disparar as acções. Entre 27 de Julho, dia em que foram publicadas as primeiras notícias sobre este tema, e 1 de Agosto as acções subiram mais de 38,5%, a beneficiar deste cenário. Desde então os títulos já anularam praticamente todos os ganhos, perdendo quase 34% desde o primeiro dia de Agosto.
E a contribuir fortemente para as quedas esteve o comunicado de apresentação dos resultados do primeiro semestre. Além de ter revelado um aumento dos prejuízos, a SAG admitiu que as dificuldades financeiras ameaçam a continuidade da SIVA.
A continuidade da actividade da SIVA, subsidiária da SAG Gest - Soluções Automóveis Globais, estará em risco, admitiu a empresa liderada por João Pereira Coutinho no comunicado de apresentação dos resultados. As dificuldades financeiras do grupo SAG levaram a empresa a alertar não só para o "risco acrescido para o normal desenvolvimento das actividades" mas também para a ameaça para a sustentabilidade do grupo, que poderá pôr em causa a "continuidade futura do negócio da subsidiária SIVA".
O aviso deixado não foi bem recebido e as acções deslizaram mais de 19% na terça-feira. E um dia depois continuou a saga, com os títulos a caírem 6,67% para 0,112 euros.
Quanto aos resultados, a SAG Gest reportou perdas de 10,11 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, contra um prejuízo de 630 mil euros no período homólogo de 2017.