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400 novos empregos sob ameaça nos fornecedores da Autoeuropa

A comissão de trabalhadores das empresas fornecedoras da Autoeuropa alerta que a criação de novos postos de trabalho pode ficar em risco se o conflito laboral escalar em Palmela.

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30 de Agosto de 2017 às 22:00
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O escalar do conflito laboral na Autoeuropa pode colocar em risco a criação de 400 novos postos de trabalho nas empresas fornecedoras da fábrica da Volkswagen.

O alerta foi lançado pela comissão de trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa após a realização da primeira grande greve nos 26 anos de história da fábrica de Palmela.

"Estamos expectantes em relação ao que se vai passar, porque se não encontrarem uma solução, obviamente as empresas vão deixar de recrutar os trabalhadores que têm previsto contratar", avisa Daniel Bernardino, coordenador da comissão de trabalhadores dos fornecedores da fábrica da Volkswagen.

Este parque industrial com 13 empresas, situado ao lado da Autoeuropa, conta com 1.600 trabalhadores. A chegada do T-Roc a Palmela vai fazer com que  estas empresas recrutem, pelo menos, mais 400 trabalhadores. Mas num cenário em que parte da produção do T-Roc seja deslocalizada, se o conflito laboral se prolongar, pode fazer com que estes postos de trabalho não sejam criados, alerta Daniel Bernardino.

"Esse é um dos nossos problemas, que a criação de emprego seja afectada se parte da produção vier a ser deslocalizada", receia o responsável.

A greve histórica na Autoeuropa que teve lugar esta quarta-feira teve uma adesão de 41% do total dos trabalhadores, segundo um balanço feito pela administração da fábrica. Por seu turno, o sindicato SITE Sul disse que a Autoeuropa esteve "completamente parada" durante 24 horas. "Não se produziu um único automóvel", afirmou Eduardo Florindo, responsável deste sindicato, afecto à CGTP.

A administração da Autoeuropa enviou na quarta-feira uma mensagem clara de que não pretende recuar na sua intenção de introduzir o turno nocturno e o trabalho ao sábado. Ao mesmo tempo, a fábrica liderada por Miguel Sanches voltou a reafirmar que não aceita negociar com os sindicatos e que só volta à mesa de negociações quando a nova comissão de trabalhadores for eleita no início de Outubro.

No entanto, a administração da Autoeuropa diz que pretende ouvir agora as várias partes envolvidas. Neste sentido, a direcção da fábrica e o SITE Sul vão reunir-se no dia 7 de Setembro, altura em que o sindicato vai apresentar a resolução que "rejeita a obrigatoriedade de trabalharem todos os sábados", segundo disse Eduardo Florindo. Este documento foi aprovado esta semana por 3.000 trabalhadores.

Já a liderança da CGTP defende que a administração da Autoeuropa "tem de falar com os sindicatos", nas palavras do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
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