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PSD alerta que "guerras sindicais" podem "desbaratar" conquistas da Autoeuropa

O líder do PSD alertou na sexta-feira à noite para que "guerras sindicais" e "razões de pequena política" podem "vir a desbaratar" as conquistas da Autoeuropa e pôr em causa o "peso nas exportações" que a multinacional representa.

02 de Setembro de 2017 às 10:27
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"Eu não gostaria de que, por razões de pequena política, esse resultado [a conquista pela Autoeuropa da produção de um novo modelo automóvel], que foi um resultado tão importante para a economia portuguesa, para os portugueses, pudesse vir a ser desbaratado por guerras sindicais que têm outro objetivo", afirmou Pedro Passos Coelho, em Vila Real, na sexta-feira à noite, à margem da apresentação das listas autárquicas naquele concelho.

O ex-primeiro-ministro salientou ainda que a primeira greve na história daquela multinacional ocorreu quando a "geringonça" está no poder, o que é um "indicador" das prioridades dos partidos que a sustentam.

"Hoje, creio que dentro da própria maioria já se ouvem acusações mútuas, nomeadamente entre o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português, sobre a instrumentalização que está em curso e que pretende, de certa maneira, dar à CGTP uma porta de entrada mais significativa naquela empresa e na relação de forças com o Governo", salientou Pedro Passos Coelho.

Para o presidente dos sociais-democratas, "o que devia estar ali em causa era a possibilidade de mais trabalhadores poderem ser contratados, mais emprego e, portanto, crescer com aquilo que foi a ampliação com o novo modelo", decidido ainda no tempo em que o PSD era governo, coligado com o CDS-PP, mas, referiu, "isso manifestamente está a passar para um segundo plano".

Aquela inversão, alertou, tem consequências: "É negativo porque nós precisámos cada vez de maior capacidade exportadora, maior capacidade de gerar emprego e emprego sustentável", explicou.

Passos Coelho referiu que "para o ano Portugal deveria beneficiar muito em termos de exportações, de peso nas exportações, da produção deste novo veiculo na Autoeuropa e era muito importante que Portugal mantivesse do lado destes investidores um perfil muito competitivo, em que as divergências, a existir, entre a Comissão de Trabalhadores e a administração da empresa pudessem ser superadas como foram em todos estes anos".

Alias, salientou, "esta foi, portanto, a primeira greve em mais de 25 anos" de presença da Autoeuropa em Portugal.

"A primeira greve com a ‘geringonça’. Ela não aconteceu antes, o que deve dar um indicador de como para os partidos que a compõem aspetos como os que eu referi estão num segundo plano e outros têm tido uma proeminência maior, tanto mais que se chegou à greve", concluiu.
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