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PS promete médicos de família para mais meio milhão de portugueses

O PS quantifica na saúde uma das promessas. Dar médico de família a mais meio milhão de portugueses. O PS quer também inspirar-se nas unidades de saúde familiar para a gestão dos hospitais.

20 de Maio de 2015 às 16:08
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O projecto do programa do PS prevê a extensão dos cuidados primários. Propõe a abertura até 2019 de mais 100 unidades de saúde familiar (centros de saúde com gestão autónoma e financiamento próprio), para permitir que mais meio milhão de portugueses tenha acesso a um médico de família. 

"O PS compromete-se, até ao final da legislatura, a criar 100 novas Unidades de Saúde Familiar (USF), assegurando a atribuição de médicos de família a mais 500 mil habitantes", lê-se no projecto do programa do PS, confirmando a notícia avançada esta quarta-feira, 20 de Maio, pelo Público.

É das poucas promessas na saúde com números concretos. E segue-se à polémica em torno das unidades de saúde familiar. O JN noticiou a 13 de Maio que o actual Governo só tinha procedido à abertura de uma unidade de saúde familiar este ano. E o ritmo de abertura caiu desde 2011, escreveu o jornal, acrescentando que, apesar disso, há 50 candidaturas activas. A esta notícia o actual ministro da Saúde, Paulo Macedo, respondeu ser intenção do Governo continuar a abrir unidades de saúde familiar, dizendo que "abrimos, nos três últimos anos – de crise -, mais de 100USF".

Além desta medida, o PS propõe-se criar, se for Governo, um Sistema Integrado de Gestão do Acesso (SIGA), para facilitar "o acesso e a liberdade de escolha dos utentes no SNS (Serviço Nacional de Saúde)". Esta medida visa também responder aos tempos de espera, em particular, onde se aguarda mais tempo, nomeadamente nas consultas de especialidade, internamentos, meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica. O PS quer, também, "apostar no registo de saúde electrónico". 

Quer, ainda, reformar os hospitais em termos de organização interna e modelo de gestão, inspirando-se nas USF, o que significa que quer dar autonomia e responsabilização da gestão, aplicando um modelo de incentivos pelo desempenho. O PS quer aperfeiçoar o modelo de contratualização dos serviços, "introduzindo incentivos associados à melhoria da qualidade, eficiência e equidade dos serviços, inseridos nos contratos de gestão". 

As PPP (parcerias público-privadas) na saúde vão ser avaliadas, "explicitando as suas vantagens e inconvenientes de modo a introduzir melhorias correctoras ou revisoras".

Há ainda outras medidas, como valorizar o papel das farmácias comunitárias enquanto agentes de prestação de cuidados, reforçar os cuidados continuados prestados no domicílio e em ambulatório, aumentar vagas nas unidades de cuidados continuados, rever o plano de vacinação, entre outras.

Na política do medicamento o PS diz que quer reduzir situações de conflito de interesses com a indústria farmacêutica e promover "uma política sustentável na área do medicamento de modo a conciliar o rigor orçamental com o acesso à inovação terapêutica, reforço da utilização dos medicamentos genéricos e definição uma estratégia clara face aos medicamentos biossimilares".
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