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Ministério manda cortar telefones nos centros de saúde

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo mandou cortar o acesso dos telefones dos médicos e enfermeiros ao exterior, condicionando a resposta, o acompanhamento de doentes, ou a convocação para rastreios.

24 de Julho de 2015 às 09:43
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Os médicos e enfermeiros da região de Lisboa deixaram de poder fazer chamadas para o exterior o que, segundo explica esta sexta-feira o Diário de Notícias, condiciona o acompanhamento de doentes, a convocação para rastreios, consultas, ou a troca de opinião entre colegas.

 

Para conseguirem fazer chamadas, têm de pedir à secretaria que lhes dê acesso à linha, passando a linha a ficar ocupada para outras chamadas.

 

A alteração, que tem origem numa circular da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) do início do ano, tem vindo a ser implementada aos poucos nas quase 300 unidades de cuidados primários e está a deixar alguns profissionais indignados.

 

"Foi uma ordem da ARS que levou a uma configuração das centrais. Quiseram limitar o acesso dos profissionais a telefonemas exteriores. Mas para mim é apenas uma medida de comando e controlo sem qualquer poupança. É uma regra absurda, quando nem sequer sabemos quanto gastamos", refere António Branco, que foi presidente da Administração Regional e que é agora coordenador de uma Unidade de Saúde Familiar em Tomar.

 

"Nós tinhamos uns 30 pontos de ligação e agora temos cinco. Se já era difícil contactar alguém do hospital, agora é ainda pior. Também não se consegue falar com um doente a menos que façamos esse pedido. A juntar a isso, como as linhas da secretaria ficam ocupadas, não conseguimos atender as de fora. E os utentes não ouvem o sinal de linha ocupada e depois reclamam", acrescenta António Branco, ouvido pelo Diário de Notícias.

 

Luís Cunha Ribeiro, presidente da ARSLVT não encara esta decisão como uma medida cega de corte de custos. "Apenas cortámos acessos que não eram usados. Existem sim outros problemas que não são da nossa responsabilidade", disse, esclarecendo que aumentou o número de telemóveis de serviço. Na região Norte, todos têm um telemóvel de serviço, segundo explica o mesmo jornal.

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