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Passos: "Está nas mãos dos portugueses" seguir um caminho "prudente" ou "arriscar"

Na entrevista desta terça-feira noite à SIC, Passos Coelho fez questão de frisar que a coligação PSD/CDS é a única capaz de oferecer uma solução governativa estável. O PS, diz, não se conseguirá aliar a ninguém, e ainda por cima tem um programa eleitoral que fará o país regressar ao passado.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Julho de 2015 às 22:56
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A escolha é simples, para Passos Coelho. Nas eleições legislativas, a opção será entre um caminho de "prudência, mas com objectivos ambiciosos, dentro do realismo que temos", que é simbolizado pela coligação PSD/CDS, e um PS que "aprendeu muito pouco com os erros do passado". Por outro lado, a coligação que suporta o actual Governo é a única com "possibilidades de ter maioria estável".

 

"O PS, pelo contrário, não tem hoje nenhuma perspectiva de fazer coligação à esquerda, e diz que rejeita qualquer coligação à direita", alertou o primeiro-ministro. "Julgo que temos uma proposta que não fará regredir Portugal. Quando olho para o PS, noto que aprendeu muito pouco com os erros do passado", acrescentou Passos Coelho.

 

O primeiro-ministro diz que "é decisivo que o que aconteceu em 2011 não se volte mesmo a repetir, e só não se repetirá se mudarmos efectivamente a maneira como o Estado se comporta". "Tenho promovido essa mudança", garante Passos, pelo que "está nas mãos dos portugueses fazer dessa mudança uma mudança perene ou poder arriscar de outra maneira", votando no PS.

 

As propostas do PS, que constam do programa eleitoral socialista, "não me parecem escolhas correctas". "Parece-me uma escolha arriscada porque dizer aos trabalhadores que vão descontar menos para a Segurança Social, por contrapartida de pensões mais baixas no futuro para poderem ter mais dinheiro para gastar hoje, porque o mais importante para criar emprego é pôr as pessoas a gastar, é uma estratégia arriscada que já provou que conduz o país a um desequilíbrio externo e à não criação de condições para um crescimento sustentado".

 

"Não há divisão entre PSD e CDS"

 

Passos Coelho também rejeitou que existam divisões entre o PSD e o CDS que estejam a atrasar a divulgação do programa eleitoral da coligação Portugal à Frente. "Não há nenhuma divisão entre PSD e CDS. Não tivemos uma necessidade particular de apresentar à pressa o programa eleitoral", justificou. O PS fê-lo porque, diz Passos, é "compreensível que o novo líder tenha sentido necessidade de dizer ao que vinha".

 

O programa eleitoral da coligação não vai trazer, de resto, muitas novidades. "A estratégia do Governo é conhecida: apresentamos o Programa de Estabilidade a Bruxelas, com horizonte até 2019, e as pessoas sabem com o que podem contar". Em suma: "queremos uma recuperação da economia liderada pelas exportações, e não à custa do mercado interno". Uma "economia que será liderada pela criação de emprego e geração de rendimento através de novo investimento ou do aumento do investimento".

 

"E justamente removendo progressivamente as medidas de austeridade que fomos forçados a adoptar", entre as quais a sobretaxa de IRS, que "será removida gradualmente, seguramente nestes próximos quatro anos, se as condições o permitirem".

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