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Negociações com o PS: Coligação não apresenta contas das suas propostas

O PS pediu, mas a coligação PSD/CDS não enviou ao PS o custo das suas promessas eleitorais. Falha é um dos factores que está a dificultar as negociações, que têm daqui a uma hora uma segunda volta.  

Pelo PS estão presentes António Costa, Carlos César, Mário Centeno, Ana Catarina Mendes e Pedro Nuno Santos.
Miguel Baltazar/Negócios
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PS e PSD/CDS voltam a sentar-se esta terça-feira à mesa das negociações, para tentarem avaliar cenários de viabilização de um governo à direita, mas há aspectos que os socialistas consideram fundamentais e que continuam por esclarecer, relacionadas com o custo de algumas medidas que constam do programa eleitoral da maioria.

 

Os socialistas fizeram chegar no final da semana passada um conjunto de perguntas à coligação para tentar esclarecer o impacto orçamental das promessas eleitorais que constam do programa do PSD/CDS. Estão em causa, por exemplo, a promessa da PàF de garantir médico de famílias a 1,5 milhões de portugueses, de alargar o abono de família a mais famílias ou a especificação sobre a forma como se conseguirá poupar 600 milhões de euros na Segurança Social, tudo promessas que o PSD/CDS não detalharam em termos de impacto orçamental.

 

Mário Centeno, o economista que tem acompanhado António Costa em todas as reuniões com os partidos, já reuniu com a ministra das Finanças, Maria Luis Albuquerque, e também já recebeu do Governo o cenário macroeconómico subjacente à elaboração do Orçamento do Estado para o próximo ano, como avançou o Negócios pela manhã. Mas, ao que foi possível apurar, continua de mãos a abanar quando aos restantes pedidos que fez.

 

Sem esta informação mais detalhada, que permita aos socialistas perceber quais as linhas com que se coserá uma futura proposta orçamental, as negociações dificultam-se, sinalizam fontes do lado do PS.

 

IVA, salários e quociente familiar de fora do "documento facilitador"

A apimentar o encontro deverá estar também o "documento facilitador de um compromisso", que acabou por chegar ao Largo do Rato esta segunda-feira, já depois de António Costa se ter queixado relativamente ao seu atraso.

Este documento elenca – e até cita directamente – um conjunto de propostas que constam do programa socialista, mas deixa de fora algumas medidas emblemáticas. Em causa estão por exemplo a devolução mais acelerada dos salários, a descida do IVA na restauração, o alargamento do rendimento social de inserção ou a substituição do quociente familiar por uma dedução fixa, tudo bandeiras que são caras ao PS.

Numa primeira abordagem de aproximação, a maioria dispõe-se a acelerar a devolução da sobretaxa de IRS, a considerar uma subida do salário mínimo, a promover a descida da TSU para as empresas e a repor o abono de família e o complemento solidário para idosos, entre outras medidas. 

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