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Passos, Portas e Costa à volta da mesa pela segunda vez

Pontapé de saída na segunda reunião das negociações entre a coligação Portugal à Frente e o Partido Socialista. Passos Coelho e António Costa reúnem-se depois de o socialista ter dito que está em melhor posição que a direita para governar.

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A sede do Partido Socialista, no Largo do Rato, em Lisboa, abriu as portas para receber a Coligação Portugal à Frente, do PSD e CDS, para a segunda reunião entre as duas forças políticas após as eleições legislativas de 4 de Outubro. O primeiro encontro ocorreu na São Caetano à Lapa, a sede do PSD, e acabou sem conclusões. 

O encontro entre os líderes dos três partidos e respectivas equipas ocorre depois de António Costa ter dado uma entrevista à Reuters, onde disse que o partido que lidera "está em melhor posição para governar do que a direita". 

Na segunda-feira, 12 de Outubro, a Coligação Portugal à Frente fez chegar, junto do PS, as propostas socialistas que está disposta a aceitar ou as suas propostas que está disponível para deixar cair, de forma a garantir o apoio para um governo de direita. "Documento facilitador de um compromisso entre a Coligação Portugal à Frente e o Partido Socialista para a governabilidade de Portugal" é a designação do documento. Passos e Portas cedem em mais de 20 medidas.

Entretanto, o PS de António Costa quis saber qual o impacto de algumas das medidas defendidas pela Coligação, um pedido feito já durante a campanha eleitoral, mas esses números não chegaram antes da reunião.


O encontro desta terça-feira visa criar um acordo entre a coligação e o PS para a viabilização de um Executivo, que não foi conseguido na sexta-feira passada. Costa saiu dessa reunião classificando-a como "inconclusiva". Nenhum dos intervenientes levou propostas concretas para essa reunião. 

Ao mesmo tempo que está em negociações com a Coligação de direita, o PS tem mantido encontros com partidos de esquerda, com o intuito de analisar a possibilidade de avançar um governo que consiga o apoio da maioria do Parlamento. 

Neste momento, o Presidente da República ainda não nomeou nenhum partido para formar Governo - só o pode fazer depois de ouvir todos os partidos com assento parlamentar. "Encarreguei o Dr. Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do País", disse Cavaco Silva a 6 de Outubro, dois dias depois das legislativas. 

Nas eleições de 4 de Outubro, a Coligação Portugal à Frente, do PSD e do CDS, conseguiu 99 mandatos, a que se juntam os cinco mandatos do PPD/PSD na Madeira. O PS elegeu 85 deputados enquanto o BE conta com 19 representantes. A CDU, do PCP e PEV, atingiu 15 deputados, sendo que o PAN estreou-se com um deputado eleito. Falta saber o resultado das escolhas dos portugueses na Europa e fora do círculo europeu, que têm direito a eleger quatro deputados. 

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