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Costa: "O documento apresentado pela coligação não traduz um esforço suficiente"

No final da reunião com o PSD e o CDS-PP, António Costa mostrou-se claramente desiludido com a proposta de entendimento apresentada pela coligação, argumentando que ele não representa um "esforço suficiente".

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"Na reunião pudemos analisar um documento apresentado ontem pela coligação, que consideramos que não traduz um esforço suficiente e não revela a compreensão pela coligação do novo quadro parlamentar que traduza um rompimento com a estratégia de austeridade e empobrecimento", afirmou o secretário-geral do Partido Socialista.

A intervenção anterior de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas já tinha mostrado que a reunião não tinha corrido bem e que ambos os lados não tinham sido capazes de encontrar suficientes pontos de encontro.

António Costa explicou que deu à coligação PSD/CDS-PP "16 ou 17 exemplos de lacunas graves" do documento que foi enviado ao PS. Entre os exemplos de omissões, Costa referiu a "não assunção da centralidade da política de emprego e combate à precariedade, medidas concretas de correcção do "caminho de pobreza", a reformulação dos escalões de IRS ou a redução do IVA na restauração. Medidas que, segundo o socialista, são "absolutamente indispensáveis para traduzirem uma nova orientação da política para virar a página da austeridade", argumentando que os portugueses votaram numa "mudança de política".

Enquanto Passos Coelho se queixou de não ter tido feedback da parte de Costa sobre as propostas que apresentou, o líder do PS disse que "não encontrou eco na coligação das críticas" que fez, anunciando que entregará um texto com as falhas que o PS encontrou no documento. 


"Nós não podemos fazer mais do que temos feito. A coligação tem um programa. O programa do PS não são bolas de Natal que vão enfeitar a árvore da coligação", sublinhou. "Chamo à atenção que não temos muito tempo. O Presidente da República iniciará no início da próxima semana o contacto formal com os partidos. É muito importante para o País, para os agentes económicos e investidores que rapidamente seja clara a solução de Governo e se encontre estabilidade. Não há nada pior do que a incerteza e isso só pode ser vencido com um esforço grande de diálogo."

No que diz respeito às suas negociações com a esquerda, Costa disse ser positivo estar-se a "por fim ao muro que existe desde 1975 com a esquerda". Contudo, deixou o aviso: "O PS não contribuirá para maiorias negativas que inviabilizem o Governo e não tenha alternativas [...] Não deixaremos o País cair na ingovernabilidade. Não contribuiremos para p pântano em que o País cairia."


(Notícia actualizada às 21h31)
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