Com as projecções a apontarem para uma forte perda do número de votos e de mandatos, Jerónimo de Sousa concentrou o essencial da sua mensagem nas condições de governabilidade futura da coligação. O PCP anunciou que vai votar contra um governo formado pela coligação e pressionou o PS a fazer o mesmo.

"Os resultados eleitorais confirmam uma forte derrota do PSD e CDS que perdem a maioria absoluta e que são fortemente castigados pelo povo português. Seria intolerável que o Presidente da República quisesse, contra a vontade do povo português, dar-lhe a possibilidade de continuar no Governo. O PCP e os Verdes, pela sua parte, rejeitarão na AR qualquer tentativa nesse sentido. Essa pretensão será derrotada a menos que o PS a viabilize", afirmou o secretário-geral do PCP.

Sublinhando que a CDU fez uma "notável campanha de esclarecimento e mobilização", Jerónimo de Sousa acrescentou, no entanto, que o resultado "foi construído sob uma intensa campanha ideológica e de condicionamento eleitoral de chantagem e de medo".

De acordo com a sondagem da Universidade Católica para a RTP – que antecipou tendências que os primeiros resultados parecem confirmar – a CDU terá entre 7% a 9% dos votos, elegendo 13 a 17 deputados, sendo ultrapassada pelo Bloco de Esquerda (que elege entre 16 a 20 deputados).

Em 2011, a CDU obteve 7,9% dos votos, elegendo 16 deputados.