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Com confiança e esperança. Assim votaram os líderes partidários

No dia das eleições, os principais líderes partidários fizeram o apelo ao voto. Todos votaram de manhã.

04 de Outubro de 2015 às 17:12
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O apelo ao voto é a habitual mensagem dos líderes partidários quando se deslocam à assembleia de voto. É dia de eleições e não podem, aí, fazer campanha.

Já Ricardo Salgado tinha saído, momentaneamente, de casa (foi logo perto das oito da manhã votar), quando o primeiro líder partidário, Paulo Portas, fez o mesmo. Foi perto das oito e meia, conforme relatou a Lusa.


O líder do CDS-PP, que é número dois por Lisboa pela coligação Portugal à Frente (que reúne PSD e CDS), foi cedo e explicou porquê: "Tenho o hábito de votar cedo porque acho que devo dar o exemplo". O resto do dia será passado com a família "tentando não falar muito" para recuperar a voz até à noite.


O voto foi colocado na assembleia instalada no Centro Comunitário da Madragoa, freguesia da Estrela, que tem 20 mil eleitores.

Foi pois o primeiro líder a deixar a mensagem: "espero que haja uma boa participação. Pela minha parte a atitude que tenho bate certo com o nome desta rua, que é Rua da Esperança". Quanto às actuais eleições, o presidente do CDS-PP defendeu que os portugueses podem "fazer as suas escolhas com a liberdade recuperada e em consciência". Não deixou de lembrar a intervenção externa. "Há quatro anos, Portugal estava sob assistência externa e numa situação muito difícil. O que os portugueses conseguiram, pelo seu país, por Portugal, foi muito importante e hoje podem fazer as suas escolhas com a liberdade recuperada e em consciência, como entenderem".

Perto das nove horas, foi a vez do primeiro-ministro, líder do PSD e da coligação Portugal à Frente, votar. Fê-lo em Massamá, na Escola Secundária Stuart Carvalhais. Declarou-se "muito tranquilo", manifestando o desejo de que "uma parte significativa dos portugueses" possam votar, contrariando adversidades como o mau tempo. "Espero que essa contrariedade não impeça as pessoas de exercerem o seu direito e dever também de votarem nestas eleições". Foi também em inglês que disse à imprensa internacional que hoje "é dia de esperança".

Às 10h30, o dirigente do Livre/Tempo de Avançar, Rui Tavares, votou, em Lisboa, dizendo esperar uma participação dos seus concidadãos nas eleições e que o novo Parlamento, que tem "deputados e deputadas novos", se empenhe a lutar por um país "mais justo e com mais igualdade".


Mais perto das onze, António Costa, líder do PS, foi votar na Sociedade Recreativa de Fontanelas e Gouveia, no concelho de Sintra. Apelou a "uma grande votação", salientando: "hoje é o dia em que cada cidadão pode, com o seu voto, escolher o seu futuro e do país". Reforçou mesmo a importância destas eleições: "há muito que não havia eleições em que cada voto é importante", mostrando-se confiante nos resultados. Mas o apelo à votação foi mais forte: "qualquer que seja o seu voto [os eleitores] não desperdicem aquilo que a democracia lhes dá, de poderem escolher por quem querem ser governados". A abstenção "é má para a democracia". "É importante que todos participem".

António Costa, como conta a Lusa, teve de esperar cerca de dez minutos por causa da fila. Garantiu que aproveitaria a tarde para descansar.

Pouco depois, também Jerónimo de Sousa, líder do PCP e da coligação CDU, votou em Pirescôxe, arredores de Lisboa, mostrando-se também "tranquilo e confiante", já que "a campanha eleitoral revigorou a confiança".

Realçou também a importância em particular das eleições deste ano. "Estas eleições podem determinar muito a evolução da vida política nacional". Votar "é um direito que custou a conquistar".

Questionado sobre a hipótese de vir a integrar um futuro Governo, o cabeça de lista da CDU por Lisboa disse que a sua "cabeça está virada para saber qual vai ser a decisão dos portugueses". Vai passar a tarde com a família e, talvez, dar uma olhadela ao jogo de futebol do "seu" Benfica, caso as reuniões na sede da candidatura, o centro de trabalho Vitória, na Avenida da Liberdade, o permitam.

Foi também o apelo ao voto, pouco tempo depois (por volta das 11h15) que Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda, fez na sua ida ao voto. Apelou a que "toda a gente vá votar e ninguém fique em casa", já que "a abstenção não é a melhor forma de construir soluções".

Catarina Martins, que votou na Escola Secundária Almeida Garrett em Vila Nova de Gaia, esteve na fila 15 minutos. "O dia das eleições é um dia muito importante", declarou, realçando "eu hoje estive numa mesa de voto com tanta gente, espero que todas as mesas de voto hoje estejam assim concorridas ao longo de todo o dia porque nos momentos mais difíceis aquilo de que precisamos é da força de todos, de cada um e de cada uma, que vá escolher, que vá decidir, com a sua convicção que construa o futuro do país".

O líder do Partido Democrático Republicano, Marinho e Pinto, votou pouco passava do meio-dia, em Coimbra, pedindo aos portugueses que exerçam o seu direito de voto "de acordo com a sua consciência" e disse esperar a abstenção diminua. 

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