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Sócrates votou "sem autorização e sem custódia"
O ex-primeiro-ministro votou hoje em Lisboa, à mesma hora em que o fazia também o presidente da República. Quis fazer “uma curta declaração” e avisou que o dia é de “decisões muito importantes para o País”.
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Ainda não era uma e meia da tarde quando José Sócrates chegou à mesa de voto da Rua Camilo Castelo Branco, em Lisboa. Uma chegada que seria discreta, não fosse o grande número de câmaras fotográficas e de televisão que o esperavam desde cedo, prontas a captar o momento.
A escolta policial, se a havia, foi tão discreta que nem se deu por ela. O ex-primeiro-ministro foi cumprimentado à entrada por alguns populares, aos quais não recusou um aperto de mão e agradeceu o "Bem haja" que lhe dedicaram. Dirigiu-se depois à sua mesa de voto, a 6.ª secção, onde aguardou na fila que votassem os cerca de meia dúzia de outros eleitores que o precederam.
Aos jornalistas, à saída do local onde votou, José Sócrates deixou recados, dizendo que falará depois das eleições. Este, agora, "é o tempo das eleições", mas prometeu: "mais tarde, depois das eleições, terei tempo para falar convosco". Já tinha dito que "terei o meu tempo para responder às vossas perguntas e terei o meu tempo para falar".
Sobre o seu acto eleitoral, Sócrates realçou ter ido votar "sem nenhuma espécie de autorização e sem custódia. Foi, portanto, um exercício livre. Exerci o direito de voto como se faz numa democracia".
Resultados e futuro deixou para mais tarde. Aliás, na sua curta intervenção, ao pé da assembleia de voto, à qual se deslocou vestido a rigor - de fato e gravata - José Sócrates, segundo se pode ver nas televisões, declarou: "há um tempo para tudo. Eu tenho tempo porque há muito aprendi a ter confiança e esperar. Este é um tempo e um dia em que o país toma decisões importantes, por isso, é preciso respeitar este tempo".
(Notícia actualizada com mais informações)