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Contas fechadas nas autárquicas: PS ganha em 161 câmaras, PSD fica com 98

Está fechada a contagem de votos das autárquicas que se realizaram este domingo. O PS conseguiu o melhor resultado de sempre com 161 câmaras, o PSD afundou e ficou com o pior de sempre – 98 municípios. O PCP também, registando apenas 24 câmaras.

Bruno Colaço
02 de Outubro de 2017 às 18:47
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Está oficialmente encerrado o escrutínio provisório das eleições autárquicas que se realizaram este domingo. Os resultados – que serão oficialmente validados nas 308 Assembleias de Apuramento Geral que se realizam a partir desta terça-feira, dia 3 – mostram que o PS obteve o seu melhor resultado autárquico de sempre, conquistando a presidência de 161 câmaras – 159 em que concorreu sozinho e duas coligações, no Funchal e em Felgueiras.

 

Na esmagadora maioria das câmaras que conquistou, o PS (sozinho ou coligado) conseguiu garantir 144 maiorias absolutas. Foi esse o caso de Paulo Cafôfo, no Funchal (numa coligação com o Bloco, o Juntos pelo Povo, o PDR e o Nós, Cidadãos) e de Nuno Fonseca em Felgueiras, numa coligação com o Livre. Já não foi isso que aconteceu em Lisboa, onde Fernando Medina ficou a um vereador da maioria absoluta.

 

O PSD, por seu turno obteve o pior resultado da sua história e, sozinho ou coligado, não conseguiu chegar sequer à centena de municípios. Os social-democratas conquistaram sozinhos 79 municípios, outros 16 em coligação com o CDS, dois em listas conjuntas com o CDS e o PPM e um em coligação com CDS, PPM e MPT. No total, 98.

 

O PCP também viveu a pior noite autárquica da sua história, tendo conquistado apenas 24 municípios e perdendo, de caminho, importantes bastiões como Almada, Barreiro, Alcochete ou Beja – todas para o PS. Face a 2013, os comunistas perdem 10 câmaras. Até ontem, o pior resultado de sempre dos comunistas (que concorrem coligados com Os Verdes na Coligação Democrática Unitária – CDU) tinha sido 28 câmaras, em 2001 e 2009. O melhor? 54 câmaras, em 1982.

 

CDS passa para seis câmaras, independentes sobem para 17

 

O CDS também tem razões para sorrir, tendo conseguido somar, às cinco câmaras que conquistou em 2013, um novo município este domingo: Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro (que era liderado pelo PSD). Além das seis presidências, os centristas tornaram-se ainda a segunda maior força política na câmara de Lisboa, onde elegeram quatro vereadores, e viram Rui Moreira (independente que concorreu com apoio do CDS) ganhar com maioria absoluta no Porto.

 

Os movimentos independentes reforçaram o número de câmaras municipais face a 2013, passando de 13 para 17. Além de Rui Moreira, Isaltino Morais protagonizou a vitória mais mediática de um candidato independente, vencendo em Oeiras com maioria absoluta. O partido Juntos Pelo Povo repetiu a vitória na câmara de Santa Cruz, na Madeira, o município onde se localiza o aeroporto da região. Já o Nós, Cidadãos ganhou a presidência da câmara de Oliveira de Frades.

 

Independentes lideram 402 freguesias, PCP perde 31 e Bloco conquista zero

 

Nas freguesias, o PS conquistou 1.309 (sozinho ou coligado), o que significa que, além da Associação Nacional de Municípios (ANMP), vai também manter a presidência da Associação Nacional de Freguesias (Anafre). O PSD, sozinho e em listas com outros partidos, conseguiu 1.167 freguesias, bem longe dos socialistas.

 

Face a 2013, o PCP perdeu 31 freguesias, detendo agora 139. Os movimentos independentes obtiveram a presidência de 402 freguesias e o CDS ficou com 54. Ao contrário do que anunciou Catarina Martins, o Bloco não conseguiu ganhar a presidência de nenhuma junta de freguesia.

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