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Jerónimo de Sousa: PCP não está amarrado nem condicionado por resultados das autárquicas

O líder do PCP garante que os resultados desfavoráveis nas autárquicas não interferem nas negociações relacionadas com o Orçamento do Estado.

Bruno Simão
03 de Outubro de 2017 às 15:19
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O pior resultado de sempre do Partido Comunista Português (PCP) nas eleições autárquicas não altera o equilíbrio de forças do partido na geringonça, nem os objectivos que os comunistas têm para o Orçamento do Estado do próximo ano.

 

Foi esta a ideia transmitida por Jerónimo de Sousa aos jornalistas, depois da audiência do secretário-geral do PCP com o Presidente da República.

 

"Não estamos nem condicionados, nem amarrados em relação a qualquer resultado eleitoral", afirmou Jerónimo de Sousa, em declarações transmitidas pela RTP3. Questionado sobre se havia agora uma nova relação de forças dentro da geringonça, o líder dos comunistas assinalou que o PCP "politicamente mantém-se na Assembleia da República, onde nada aconteceu".

 

"É ousado confundir autárquicas com outras eleições. Não se pode fazer o transporte mecânico das eleições", acrescentou.

 

Nas eleições de 1 de Outubro, o PCP conquistou apenas 24 municípios, o pior resultado de sempre do partido, tendo perdido câmaras históricas como Almada e Barreiro.

 

Jerónimo de Sousa deixou claro que este resultado negativo não vai afectar a postura e actuação do partido. "É claro que o PCP nunca determina a sua orientação e intervenção por qualquer resultado eleitoral", afirmou. "Nenhum resultado autárquico deverá alterar aquilo que é a nossa posição de fundo".

 

Desta forma, o PCP transmitiu ao Presidente da República que o PCP mantém os objectivos seguidos até aqui, de "eliminar heranças do governo anterior" e "prosseguir o caminho de reposição de direitos e rendimentos".

 

"Vamos tentar manter esta linha de propostas e reconstrução, sempre a pensar no povo português", adiantou Jerónimo de Sousa, que quando questionado sobre se o PS iria atribuir menos força às propostas do PCP, respondeu que "da nossa parte vamos tentar manter esta linha de proposta e reconstrução, sempre a pensar no povo português".

 

Entre os principais objectivos do partido, Jerónimo destacou o aumento do salário mínimo nacional para 600 euros já em 2018, a eliminação do "corte inaceitável" no subsídio de desemprego e aplicação de medidas ed fundo no sector da saúde, bem como outras reformas estruturais, como no sector das florestas.

 

Sobre as conclusões dos resultados do PCP nas autárquicas, Jerónimo remeteu para uma conferência de imprensa que decorrerá na Soeiro Gomes, pelas 19:00, após a reunião do comité central do partido. 

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