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Santana acusa Rui Rio de encontrar argumentos para justificar proximidade ao PS

O candidato à presidência do PSD Pedro Santana Lopes acusou o adversário Rui Rio "de encontrar sempre argumentos para justificar alguma proximidade ao PS".

Bruno Colaço
08 de Janeiro de 2018 às 20:06
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"O doutor Rui Rio, de facto, encontra sempre argumentos para justificar alguma proximidade ao Partido Socialista", afirmou Santana Lopes aos jornalistas em Penafiel, esta segunda-feira, onde participou numa sessão com militantes.

 

Santana Lopes falava a propósito de Rui Rio ter admitido que o PSD poderia apoiar um eventual futuro governo minoritário socialista. "Eu li essas declarações e surpreenderam-me muito, porque isso ser possível equivaleria ao PPD/PSD ocupar o lugar que agora é ocupado pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda", insistiu o antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

 

Santana Lopes defendeu que o PSD tem de ser alternativa e "não fazer blocos centrais, nem assumidos, nem disfarçados, preparar essa solução, essa alternativa, coerente, determinada e reformista que substitua o PS".

 

O candidato assinalou que o PSD "nasceu para ser primeiro partido, não nasceu para ser muleta de ninguém, nasceu para ser alternativa". "Estar a falar de hipóteses dessas, a ano e meio de eleições, é quase uma confissão antecipada de falta de confiança nas possibilidades próprias", acrescentou.

 

Questionado sobre os números do desemprego e do défice hoje anunciados, Santana Lopes admitiu ser "um grande desafio para a oposição quando o Governo tem resultados positivos". "A oposição tem que provar que é melhor e conseguiria melhor que o Governo que está em funções, apresentar melhores propostas, ter melhores caminhos e dizer o que é que o país ganharia se fosse a oposição a estar Governo", sublinhou.

 

O INE reviu hoje em baixa de 0,1 pontos percentuais a taxa de desemprego de Outubro para os 8,4%, valor mínimo desde Fevereiro de 2005, estimando para Novembro uma nova descida para os 8,2%.

 

Posteriormente, numa intervenção na Fundação AEP, no Porto, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o défice de 2017 rondará "seguramente" o 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), "francamente" abaixo da meta inicial de 1,5%.

 

O candidato do PSD, que falou para algumas dezenas de apoiantes que enchiam o auditório do pavilhão de exposições de Penafiel, recebeu hoje o apoio do presidente da Câmara local, Antonino Sousa.

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