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Provedor da Santa Casa explica Montepio antes de eleições no PSD

A audição sobre o investimento no Montepio de Edmundo Martinho, que sucedeu a Santana Lopes na liderança da Santa Casa da Misericórdia, é esta quarta-feira, dia 10. Vieira da Silva também vai repetir explicações aos deputados.

Lusa
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 05 de Janeiro de 2018 às 11:42

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, vai esta quarta-feira, 10 de Janeiro, explicar o possível investimento no Montepio ao Parlamento. A audição decorre três dias antes das eleições no PSD, onde o seu antecessor, Pedro Santana Lopes, que estava no cargo aquando do arranque das negociações, defronta Rui Rio.

 

Segundo a agenda oficial, a comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social recebe pelas 9:30 de dia 10 Edmundo Martinho, na sequência do requerimento do CDS, com o intuito de prestar "todos os esclarecimentos sobre os contornos que envolvem a hipótese da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entrar no capital do Montepio Geral".

 

Os centristas também convocaram José Vieira da Silva ao Parlamento, mas ainda não há data oficial para essa audição.

 

Edmundo Martinho era o vice-provedor da Santa Casa até Outubro, tendo substituído Santana Lopes, que abandonou o cargo para candidatar-se à liderança do PSD. Foi em Junho, ainda com o ex-primeiro-ministro no topo, que a misericórdia assinou o memorando de entendimento com a Montepio Geral – Associação Mutualista para um eventual investimento na Caixa Económica Montepio Geral.

 

O assunto tem ganho lastro mediático nas últimas semanas, inclusive tendo em conta entrevistas do próprio Edmundo Martinho que balizou o investimento: a Santa Casa admite, segundo as palavras do provedor, investir até 200 milhões de euros para ficar com 10% do capital do sexto maior grupo bancário português e uma palavra determinante na sua gestão.

 

Santana Lopes tem comentado o tema, tendo igualmente escrito textos de opinião sobre o assunto: o antigo primeiro-ministro trouxe até Marcelo Rebelo de Sousa, sugerindo a sua intervenção. Isto enquanto saem notícias que colocam dúvidas sobre de quem partiu a ideia do investimento da Santa Casa na caixa económica. O Expresso já deu conta de uma acta da Santa Casa que frisa que foi Vieira da Silva que trouxe para cima da mesa o assunto. Mas a própria mutualista também estava disponível, por força das necessidades de capitalização da caixa económica, para abrir o capital – um objectivo que também é do Banco de Portugal.

 

O assunto Montepio foi já tema de uma audição parlamentar. Vieira da Silva falou em Maio, mostrando-se favorável a uma maior cooperação entre as instituições da economia social. Contudo, na altura, embora admitindo uma definição conjunta das estratégias, recusou que o Governo determinasse o que quer que fosse na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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