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Administrador financeiro da Mutualista votou contra aumento de capital do Montepio

O administrador financeiro da Associação Mutualista, Miguel Coelho, votou contra o aumento de capital realizado na Caixa Económica Montepio, noticiou o Eco.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios jng@negocios.pt 05 de Janeiro de 2018 às 10:55

Miguel Coelho, administrador financeiro da Associação Mutualista Montepio Geral – dona do banco Caixa Económica do Montepio – esteve contra a injecção de capital na instituição financeira, tendo votado contra a operação, revelou esta sexta-feira, 5 de Janeiro, o Eco.

 

Mas este voto contra não travou a operação. No dia 30 de Junho, a Associação anunciou a injecção de 250 milhões de euros na Caixa Económica, passando o capital da instituição financeira a superar os dois mil milhões de euros.

 

Miguel Coelho, na declaração de voto, revelou estar preocupação com as contas da Associação, tendo realçado que esta operação obrigaria a que fossem resgatadas poupanças que estavam aplicadas em instrumentos financeiros, adianta o Eco. Uma operação que enfraqueceria as suas contas. Entre os responsáveis de topo, Fernando Ribeiro Mendes absteve-se, enquanto António Tomás Correia e os outros dois vogais, Virgílio Lima e Carlos Morais Beato, votaram favoravelmente à operação.

 

A publicação adianta que entre os conselheiros (um total de 23), a maioria votou favoravelmente, considerando que o voto de Miguel Coelho como um sinal de risco para a instituição. Mas que não poderiam deixar de fazer o aumento de capital que o Banco de Portugal exigiu. E isto numa altura em que já se falava sobre a entrada da Santa Casa da Misericórdia no capital da Caixa Económica, o que levaria a uma redução da exposição da Associação à instituição financeira.  

 

A quando do aumento de capital, a Associação defendeu que a operação garantia "o reforço dos fundos próprios da CEMG, muito acima das exigências regulamentares das autoridades de supervisão, assegurando um elevado nível de solidez e de suporte ao desenvolvimento da actividade da sua instituição financeira".

 

O aumento de capital anunciado no Verão, de 250 milhões de euros, juntou-se à injecção de 300 milhões concretizada em Março de 2016 (270 milhões em capital e 31,5 milhões em unidades de participação).

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