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Rajoy: "Precisamos do PSOE"

O vencedor das eleições deste domingo não fecha a porta a nenhuma formação política mas avisa que os socialistas são incontornáveis para responder aos desafios europeus com que Espanha se confronta, incluindo a gestão do Brexit.

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27 de Junho de 2016 às 10:35
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O primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy, que venceu sem maioria absoluta as eleições legislativas deste domingo, quer encontrar uma solução de Governo no espaço de um mês e reconhece que necessita do apoio dos socialistas para um Executivo estável que garanta os compromissos europeus do país.


"Temos os nossos compromissos europeus e para isto é preciso um mínimo entendimento, pelo menos em quatro ou cinco assuntos, vou fazer tudo o que puder para consegui-lo. Falarei com todas as forças políticas, primeiro com o PSOE, que continua a ser a segunda força política do país", disse Rajoy à rádio Cope, nas primeiras declarações depois de ter obtido 137 lugares no Parlamento, mais 14 que nas eleições de Dezembro, e 33,03% dos votos.


Na conversa que disse ter tido com o líder socialista Pedro Sánchez, o tema de uma possível "Grande Coligação" que una os dois partidos não esteve em cima da mesa, mas Rajoy disse ter percebido uma vontade de falar por parte do segundo partido mais votado, que alcançou 85 deputados, menos cinco que há seis meses. Contudo, não fecha também a porta a acordos com formações como o Ciudadanos, com 32 assentos parlamentares.


"Em qualquer caso nos temas fundamentais precisamos do PSOE. Gerir todo o tema da saída do Reino Unido da União Europeia não é algo que se possa fazer sozinho. Requer falar muito e obter um acordo nacional. Não afastamos nenhuma possibilidade, mas preciso de uma maioria para governar," disse, confirmando intenção de avançar para a investidura e tendo como prioridade a viabilização do orçamento para 2017 e o cumprimento dos compromissos europeus.  


Esse "acordo de mínimos", espera Rajoy, deve estar concluído dentro de um mês, pouco depois da constituição das Cortes, prevista para 19 de Julho com a tomada de posse dos membros do Congresso dos Deputados e do Senado e a que se seguirão as reuniões com o Rei Felipe VI, que deverá escolher o candidato com melhores possibilidades de formação de Governo. "Não faria sentido estar outra vez num período de vários meses a perder tempo. Gostaria que num mês fôssemos capazes de fazer algo razoável e facilitar as coisas a Sua Majestade", afirmou Rajoy.

Sobre os 71 lugares obtidos pela aliança Unidos Podemos – que ao contrário do que previam as sondagens à boca das urnas não conseguiu ultrapassar o PSOE, perdendo um milhão de votos em relação aos conquistados em separado em Dezembro pelas formações coligadas -, Rajoy atribuiu ainda assim o apoio à extrema-esquerda ao "mal-estar de muita gente" com as "decisões difíceis" que tiveram de ser tomadas nos últimos anos nos Governos pelo PP e PSOE. 

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