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Espanha bate Itália no campeonato das taxas de juro

A "yield" espanhola passou abaixo da italiana após as eleições. Taxa a dez anos recua para 1,374%.

34º - Espanha. Posição em 2015 (37ª)
28 de Junho de 2016 às 09:59
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A Itália até pode ter derrotado a Espanha no campeonato da Europa, mas na liga das taxas de juro, o país vizinho conseguiu inverter o resultado e tem agora uma "yield" mais baixa do que a italiana, algo que não acontecia desde Julho do ano passado. A taxa espanhola a dez anos desceu após as eleições deste fim-de-semana. Os investidores exigiam, no final da semana passada, 1,632% para deter os títulos. Esta terça-feira, pedem 1,374%. Já para comprarem dívida italiana a dez anos exigem 1,444%.

"As melhores perspectivas políticas em Espanha, comparando com Itália justificam o melhor desempenho", consideram os analistas do Commerzbank, numa nota a investidores. "O melhor resultado para o partido que está no poder e os resultados mais fracos do Podemos são mais do que era esperado antes das eleições", acrescenta. Isto apesar de ressalvar que "ainda não está à vista um governo estável".

Os espanhóis tiveram de regressar às urnas no passado domingo depois de nenhum partido ter conseguido formar governo após os resultados eleitorais de Dezembro do ano passado. O PP, de Mariano Rajoy, conseguiu 137 deputados, mais 14 do que nas eleições anteriores. O PSOE perdeu cinco deputados para 85. E o Podemos manteve-se em 71 deputados, apesar de ter tido um resultado mais baixo do que o apontado pelas sondagens.

"Estamos agora confiantes no nosso cenário central: um governo minoritário de centro-direita", consideram os analistas do Deutsche Bank, numa nota a investidores. "Isso implica uma menor probabilidade de implementação total ou de reformas significativas adicionais. Ainda assim, a formação de um governo minoritário de centro-direita significaria a remoção, pelo menos temporariamente, do impasse político e evita a reversão de reformas recentes", explicam.

Já em Itália, o primeiro-ministro Matteo Renzi tem sofrido alguns reveses, nomeadamente nas eleições municipais. E enfrenta novo teste em Outubro, altura em que será realizado um referendo sobre a reforma constitucional defendida pelo primeiro-ministro. A juntar a isso, o país tem ainda de encontrar uma solução para recapitalizar o sistema bancário. 

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