Os britânicos votaram e o Brexit venceu. A decisão afectou significativamente os mercados, em particular a banca que viu as suas fragilidades ainda mais expostas. É o caso das instituições italianas e, por isso, o Governo de Matteo Renzi (na foto) pondera medidas que podem ascender a 40 mil milhões de euros.

Ainda não está nada decidido, mas a informação avançada pela Bloomberg, que cita fontes próximas do processo, indicam que a ajuda poderá passar por uma injecção directa de capital, ou pela prestação de garantias pelo Estado. A agência explica que os países poderão fornecer liquidez directamente aos bancos sem contrariar as regras de ajuda estatal da União Europeia, argumentando circunstâncias excepcionais devido ao Brexit.

O Governo e o Banco de Itália estiveram reunidos durante o fim-de-semana para analisar as várias possibilidades, apontam ainda as fontes da Bloomberg. Além disso, terão decorrido também encontros informais com a Comissão Europeia.

A banca italiana tem estado no centro do furacão, devido à fragilidade no sector no país. O crédito malparado tem sido o principal problema dos bancos transalpinos – ascende a 360 mil milhões de euros –, um factor que ganha maior relevo com o fraco crescimento económico e as baixas taxas de juro que minam a rendibilidade.