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Fecho dos mercados: Bolsas respiram de alívio, juros baixam e libra estanca perdas

Após duas sessões de fortes perdas, as bolsas recuperaram esta quarta-feira e os juros da dívida de Portugal, Espanha e Itália tiveram quedas significativas. Já o ouro perdeu algum brilho devido à menor aversão ao risco dos investidores.

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28 de Junho de 2016 às 17:20
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 2,31% para 4.358,46 pontos

Stoxx 600 valorizou 2,57% para 316,70 pontos

S&P 500 avança 1,03% para 2.021,18 pontos

"Yield 10 anos de Portugal recuou 15,7 pontos base para 3,145%

Euro avança 0,21% para 1,1048 dólares

Petróleo recupera 1,53% para 47,88 dólares por barril em Londres

 

Bolsas respiram

Depois das fortes quedas nas duas sessões que se seguiram ao Brexit, as bolsas europeias respiraram de alívio esta terça-feira. O Stoxx 600 ganhou 2,57% com todos os índices sectoriais em terreno positivo. Os serviços financeiros, que tinham sido um dos sectores mais fustigados após o resultado do referendo no Reino Unido, tiveram um dos melhores desempenhos do dia, com o índice do sector a avançar 3,87%. Já o índice que mede o desempenho da banca europeia, que esteve no centro do furacão, avançou 2,53%.

Uma das possíveis explicações para a recuperação é a "tomada de mais-valias de posições curtas dos principais investidores dos mercados financeiros", segundo Pedro Ricardo Santos, gestor da XTB. Outro dado positivo, que foi conhecido já as bolsas recuperavam, foram os dados do crescimento nos EUA.

Os dados do Departamento do Comércio mostraram que o PIB cresceu a uma taxa anualizada de 1,1% no primeiro trimestre, mais que os 0,8% anteriormente estimados. Também os dados da confiança dos consumidores, medidos ainda antes do Brexit mas divulgados esta terça-feira, saíram melhor que o estimado. O S&P 500 segue a valorizar 1,03%.

O PSI-20 também acompanhou a tendência de recuperação. O índice valorizou 2,31% para os 4.358,46 pontos, com 17 empresas em alta e uma em queda. No sector energético, a EDP avançou 2,84% para 2,641 euros e a EDP Renováveis soma 3,55% para 6,624 euros. A Galp Energia valoriza 1,91% para 11,74 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. Já na banca, o BCP subiu 4% para 1,82 cêntimos e o BPI avançou 0,83% para 1,098 euros.

Euribor alivia de mínimos

A taxa Euribor a três meses aliviou dos mínimos históricos registados esta segunda-feira. O indexante subiu de -0,283% para -0,281% esta terça-feira. Também a Euribor a um mês ficou um pouco menos negativa, aumentando de -0,364% para -0,361%.

Juros da dívida aliviam 15,7 pontos base

Numa sessão em que os investidores aparentaram diminuir a aversão ao risco, a dívida portuguesa foi uma das mais beneficiadas. A taxa a dez anos baixou 15,7 pontos base para 3,145%, a segunda sessão consecutiva de descidas. Isto numa altura em que continuam incertezas sobre a decisão da Comissão Europeia relativamente a possíveis sanções. A descida ocorreu também no dia seguinte ao ministério das Finanças ter revelado que o défice das Administrações Públicas atingiu 395 milhões de euros nos primeiros cinco meses de 2016, apresentado um desagravamento de 453 milhões de euros face a Maio de 2015.

As taxas das obrigações espanholas e italianas também tiveram quedas significativas. A "yield" espanhola a dez anos baixou 14 pontos base para 1,314% e a italiana desceu 11 pontos base para 1,399%.

Libra estanca descida

A libra interrompeu a sequência de fortes perdas. A divisa britânica valoriza 0,45% face à nota verde, negociando em 1,3285 dólares. Isto depois de ter perdido mais de 11% face à nota verde em dois dias. Já o euro, que também tem sido arrastado pela percepção de que o projecto europeu sai afectado com o Brexit, valoriza 0,21% para 1,1048 dólares.

Petróleo também recupera

O petróleo interrompeu as descidas. Depois de ter vivido as duas piores sessões desde Fevereiro, o Brent recupera 1,53% para 47,88 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe 1,86% para 47,19 dólares. Além da diminuição dos receios dos investidores, a matéria-prima estava também a ser impulsionada por dados económicos positivos vindos dos EUA.

Alívio nas bolsas, perda de brilho do ouro

O metal amarelo interrompeu o ciclo de subidas. A onça de troy desvaloriza 0,73% para 1.314,95 dólares, após ter subido 5,4% nas últimas duas sessões. Leva um ganho de 23,92% desde o início do ano. Os analistas do Morgan Stanley reviram em alta as estimativas para os preços, após o resultado do referendo no Reino Unido, justificando que os riscos em torno do Brexit, as menores perspectivas de subidas dos juros por parte da Fed dão uma base estável ao preço. Ainda assim, avaliam o metal abaixo do preço do mercado, dando um "target" de 1.270 dólares para final de 2016.

Destaques do dia

Ao Minuto: ONU preocupada com vaga xenófoba. UE avisa Londres: Não esperem facilidades. Os 28 reúnem-se esta terça e quarta-feira em Bruxelas. David Cameron quer adoptar uma posição "construtiva" e Juncker e Tusk afirmou que a União Europeia está preparada para iniciar "ainda hoje" o processo de "divórcio". O dia fica marcado pelo confronto entre Juncker e Farage. 

Costa admite que sanções a Portugal perturbariam mercados. Primeiro-ministro defende que se a Comissão Europeia aplicar sanções a Portugal é porque "não percebeu o que se está a passar hoje na Europa".

Draghi: Mundo precisa de melhor coordenação de políticas. O presidente do BCE apelou a uma melhor coordenação de políticas entre bancos centrais para fazer face aos muitos desafios que a economia mundial enfrente. Draghi passou ao lado do Brexit, o último desses desafios.

400 maiores fortunas encolheram 175 mil milhões após o Brexit. As bolsas mundiais perderam três biliões de dólares de valor de mercado nas duas sessões que se seguiram ao referendo.

Espanha bate Itália no campeonato das taxas de juro. A "yield" espanhola passou abaixo da italiana após as eleições. Taxa a dez anos recua para 1,374%.

Dombrovskis responde a Passos: França corrigiu o défice estrutural, Portugal não. O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro explicou esta manhã, em Bruxelas, que também a França falhou a meta nominal dos 3% do défice mas fez um ajustamento estrutural que a liberta de sanções como as que poderão ser aplicadas a Portugal.

Novo Banco: "Euronext está preparada para receber qualquer empresa". O Expresso avançou recentemente que o prospecto para a dispersão em bolsa do Novo Banco estaria a ser ultimado. A Euronext Lisbon explica que o tema tem sido discutido e analisado.

Banif era banco pequeno que nunca levantou "problemas" para Constâncio. Constâncio não tinha noção de problemas do Banif até sair do Banco de Portugal em 2010. Nem em relação ao considerado frágil controlo de risco nem ao alegado mau investimento no Brasil.

O que vai acontecer amanhã

Portugal

O INE divulga os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores, relativos a Junho.

Zona Euro

Divulgação dos dados de confiança económica, referentes a Junho.

EUA

São conhecidos os números dos contratos de compra e venda de casas, em Maio.

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