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Governo deve relançar privatização da TAP em setembro

O CEO da TAP, Luís Rodrigues, garante que a companhia aérea está "preparada para qualquer cenário" e sublinha que o ministro das Infraestruturas prometeu novidades sobre o processo de privatização para setembro. Quanto à operação no verão, mostra-se bastante confiante.

O CEO da TAP, Luís Rodrigues, vai ter de ir ao Parlamento explicar o prejuízo de 71,9 milhões no primeiro trimestre.
Miguel Baltazar
02 de Julho de 2024 às 11:38
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O processo de privatização deverá ser relançado em setembro e o presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, garante que a empresa está "preparada para qualquer cenário". No entanto, como fez questão de sublinhar à margem da conferência da ATRS  [Air Transport Research Society] que decorreu no ISEC, em Lisboa, trata-se de "uma decisão política".

Questionado sobre quando seriam dados novos passos, Luís Rodrigues comentou que, recentemente, o ministro das Infraestruturas tornou público que "em setembro haveria novidades sobre a TAP". 

No que toca à operação no verão e a eventuais constrangimentos devido ao aeroporto de Lisboa estar a operar praticamente na capacidade máxima, o CEO da TAP mostrou-se optimista.

"O verão em aviação nunca é tranquilo, mas acho que trabalhámos muito com todos os intervenientes - como a NAV e a ANA -  para garantir um verão o mais tranquilo possível dentro dos constrangimentos que temos. Estamos otimistas em relação a isso", reforçou.

O gestor admite que "
pontualmente pode haver algum cancelamento, mas neste momento está tudo normal", acrescentou.

Voo direto para a China? Para já, não. 

Antes, após a sua intervenção na 27.ª conferência mundial da Air Transport Research Society, Luís Rodrigues foi questionado por um dos participantes se estava no horizonte um voo direto entre Lisboa e Pequim, uma opção que foi afastada pelo gestor. "A
 nossa estratégia é voar para Oeste. Mas pode ser que o novo acionista, seja ele quem for, tenha ideias diferentes", referiu.


Durante o seu discurso, que optou por escrever de raiz após ter tentado pedir ajuda ao ChatGPT, Luís Rodrigues elencou a sustentabilidade como um dos principais desafios da indústria da aviação. Considera que há uma perceção errada sobre o impacto da aviação nas emissões, que segundo o gestor rondaram os 2,5%, mas não tem dúvidas sobre a urgência do setor atingir as  emissões líquidas zero "o mais rapidamente possível".

Instado pelos jornalistas a comentar se a TAP tem planos para seguir a mesma estratégia da Lufthansa de aplicar uma sobretaxa devido aos custos ambientais, Luís Rodrigues disse que estão a avaliar "todas as opções", mas neste momento ainda não tomaram qualquer decisão.

 

"O tema é substancialmente complexo. Há uma agenda a nível global que vai determinar o ritmo de combustíveis sustentáveis. Estaremos atentos e em função disso,  e das imposições regulatóriais, tomaremos as decisões", defendeu.

Recentemente, a Lufthansa anunciou que a partir de 2025 ia avançar com uma sobretaxa entre 1 e 72 euros por bilhete para cobrir parte dos custos adicionais crescentes devido aos requisitos ambientais regulatórios.


As novas taxas surgem numa altura em que os regulamentos da União Europeia (UE) exigem que as companhias aéreas usem pelo menos 2% de combustíveis de aviões sustentáveis (SAF, na sigla inglesa), a partir de 2025.





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