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Consórcio da Mota-Engil entrega proposta à primeira PPP da alta velocidade

O prazo para a apresentação de propostas no concurso para o troço de alta velocidade entre Porto e Oiã terminou esta terça-feira. O consórcio das seis construtoras nacionais confirma que está na corrida.

Para a KPMG, operar a linha de alta velocidade Lisboa-Porto com 12 comboios não cobre os picos de procura.
Miguel Baltazar
02 de Julho de 2024 às 17:48
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O consórcio liderado pela Mota-Engil, que integra outras cinco construtoras portuguesas, entregou esta terça-feira uma proposta no concurso público internacional para a construção e concessão do primeiro troço da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, confirmou ao Negócios fonte oficial do agrupamento.

O prazo para a entrega de propostas no concurso para o troço entre Porto e Oiã -, lançado em janeiro com um preço base de 1.950 milhões de euros - terminou esta terça-feira,  desconhecendo-se ainda se outro agrupamento, designadamente integrando grupos espanhóis, também apresentou uma oferta neste concurso, em que o critério preço pesa 70% na adjudicação.

Em maio, ao Negócios, o CEO da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, tinha afirmado que "o preço é um desafio" neste primeiro concurso para a alta velocidade,  mas tinha garantido que o consórcio que lidera – que integra ainda a  Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril – iria entregar uma proposta.

Em janeiro, o jornal El Economista dava conta que para este concurso, que inclui a conceção, financiamento, construção e manutenção em regime de parceria público-privada, o grupo Sacyr tinha formado um agrupamento com a DST e a Alberto Couto Alves, e que as construtoras espanholas Acciona, FCC e Ferrovial se estavam a preparar para entrar na corrida.

Revelava ainda que outro consórcio estava a ser formado pela Azvi, em parceria com a italiana Webuild, o fundo John Laing e as portuguesas Ascendi, Tecnovia e TIIC, e que havia ainda outro grupo interessado, com a OHLA, a Comsa e as francesas NGE e TSO.

O troço da alta velocidade entre Porto e Oiã tem um total de 71 quilómetros, estando incluído no projeto a reformulação da estação de Campanhã, no Porto, a construção de uma nova ponte rodoferroviária, com dois tabuleiros, sobre o rio Douro, de uma nova estação subterrânea em Santo Ovídio (Gaia) com ligação ao Metro do Porto, assim como um túnel de cerca de seis quilómetros que percorrerá o subsolo de grande parte do concelho de Vila Nova de Gaia, entre outras exigências.

De acordo com as apresentações que têm sido feitas pela Infraestruturas de Portugal (IP), a PPP Porto-Oiã tem previsto um investimento total de 1.978 milhões de euros, enquanto a Oiã-Soure está estimada em 1.751 milhões, sendo apontada uma menor complexidade a este segundo troço, que deverá ser lançado a concurso neste terceiro trimestre. Os dois troços fazem parte da primeira fase da alta velocidade que ligará as duas maiores cidades portuguesas em uma hora e 15 minutos, que contará com financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) de 3 mil milhões de euros, como o Negócios noticiou. Portugal apresentou também uma candidatura a um total de 875 milhões de euros a fundos do CEF, dos quais 729 milhões são fundos que estão reservados a Portugal e outros 146 milhões são em regime concorrencial com os países da Coesão.

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