Notícia
PS diz-se "envergonhado" com Pinho e pede que caso seja "esclarecido e punido"
Carlos César confessou que o caso do ex-ministro da Economia do Governo PS "é uma situação incompreensível e lamentável". O líder parlamentar do PS invocou a "gravidade" do caso para pedir que este seja "esclarecido e punido".
02 de Maio de 2018 às 16:33
O Partido Socialista está "envergonhado" com o caso Manuel Pinho. Em causa está a investigação do Ministério Público aos alegados pagamentos do GES, pela mão de Ricardo Salgado, ao ex-ministro da Economia do Governo de José Sócrates entre 2005 e 2009. Em declarações à TSF esta quarta-feira, o presidente do PS, Carlos César, disse querer ver o caso "esclarecido e punido", se confirmadas as suspeitas.
O líder parlamentar socialista confessou que esta "é uma situação incompreensível e lamentável". "O país tem razões para se envergonhar com determinadas condutas", admitiu, assinalando que "dada a gravidade, este caso deve ser esclarecido e punido". No mesmo comentário, Carlos César disse que a vergonha perante o caso Sócrates "até é maior". Anteriormente, o presidente do PS já tinha apelidado o caso de "insólito" e tinha demonstrado a vontade de agendar uma audição a Manuel Pinho "o mais depressa possível".
Os socialistas já demonstraram ser favoráveis à proposta do Bloco de Esquerda (BE) de se criar uma comissão de inquérito para acompanhar o caso no Parlamento. Contudo, o partido recusa que esta se trate de "uma comissão de inquérito ao caso Manuel Pinho". "Esse é um tema que também deve ser avaliado e aprofundado, as responsabilidades políticas que possam existir. Nós não metemos a cabeça na areia", defendeu o deputado do PS, Carlos Pereira, em declarações citadas pela Lusa.
Os bloquistas formalizaram esta quarta-feira a proposta de constituição de uma comissão parlamentar de inquérito incidindo sobre o "pagamento de rendas excessivas aos produtores de electricidade". O objecto do inquérito passa também pela "existência de corrupção de responsáveis administrativos ou titulares de cargos políticos com influência ou poder na definição destas rendas" e abrangerá os Governos desde 2004. Ou seja, inclui os executivos de Durão Barroso, Pedro Santana Lopes, José Sócrates, Pedro Passos Coelho e António Costa.
A notícia foi dada pelo Observador a 19 de Abril e dava conta do despacho de uma investigação do Ministério Público onde se refere que terão sido feitos pagamentos "por ordem de Ricardo Salgado", através Espírito Santo (ES) Enterprises - o chamado "saco azul" do GES -, para a offshore Tartaruga Foundation de Manuel Pinho. Entre 2006 e 2012, o ex-ministro da Economia terá recebido cerca de um milhão de euros.
Esta quarta-feira, numa visita ao Mercado Temporário do Bolhão, no Porto, o Presidente da República recusou comentar o caso ou a vontade dos partidos em constituir uma comissão de inquérito às rendas para o sector da energia. "Não comento as comissões parlamentares de inquérito", disse, para depois acrescentar que acompanha "com interesse e respeito", mas que "no âmbito da separação de poderes" não pode opinar sobre a Assembleia da República.
O ponto de partida tinha sido dado pelo presidente do PSD, Rui Rio, que no passado domingo anunciou que os social-democratas iam chamar Pinho para dar esclarecimentos "do ponto de vista político" no Parlamento. "Acho que mesmo do ponto de vista político há explicações a dar porque a democracia portuguesa não pode continuar com estes sucessivos casos de suspeitas corrupção e de compadrio", argumentou Rio, em declarações citadas pela Lusa. Esta quarta-feira essa audição na comissão parlamentar de Economia foi aprovada.
Na segunda-feira, a defesa de Manuel Pinho, em comunicado, garantiu que o ex-ministro da Economia está disponível para prestar "todos os esclarecimentos" na Assembleia da República, mas primeiro quer ser interrogado pelo Ministério Público.
O líder parlamentar socialista confessou que esta "é uma situação incompreensível e lamentável". "O país tem razões para se envergonhar com determinadas condutas", admitiu, assinalando que "dada a gravidade, este caso deve ser esclarecido e punido". No mesmo comentário, Carlos César disse que a vergonha perante o caso Sócrates "até é maior". Anteriormente, o presidente do PS já tinha apelidado o caso de "insólito" e tinha demonstrado a vontade de agendar uma audição a Manuel Pinho "o mais depressa possível".
Os bloquistas formalizaram esta quarta-feira a proposta de constituição de uma comissão parlamentar de inquérito incidindo sobre o "pagamento de rendas excessivas aos produtores de electricidade". O objecto do inquérito passa também pela "existência de corrupção de responsáveis administrativos ou titulares de cargos políticos com influência ou poder na definição destas rendas" e abrangerá os Governos desde 2004. Ou seja, inclui os executivos de Durão Barroso, Pedro Santana Lopes, José Sócrates, Pedro Passos Coelho e António Costa.
A notícia foi dada pelo Observador a 19 de Abril e dava conta do despacho de uma investigação do Ministério Público onde se refere que terão sido feitos pagamentos "por ordem de Ricardo Salgado", através Espírito Santo (ES) Enterprises - o chamado "saco azul" do GES -, para a offshore Tartaruga Foundation de Manuel Pinho. Entre 2006 e 2012, o ex-ministro da Economia terá recebido cerca de um milhão de euros.
Esta quarta-feira, numa visita ao Mercado Temporário do Bolhão, no Porto, o Presidente da República recusou comentar o caso ou a vontade dos partidos em constituir uma comissão de inquérito às rendas para o sector da energia. "Não comento as comissões parlamentares de inquérito", disse, para depois acrescentar que acompanha "com interesse e respeito", mas que "no âmbito da separação de poderes" não pode opinar sobre a Assembleia da República.
O ponto de partida tinha sido dado pelo presidente do PSD, Rui Rio, que no passado domingo anunciou que os social-democratas iam chamar Pinho para dar esclarecimentos "do ponto de vista político" no Parlamento. "Acho que mesmo do ponto de vista político há explicações a dar porque a democracia portuguesa não pode continuar com estes sucessivos casos de suspeitas corrupção e de compadrio", argumentou Rio, em declarações citadas pela Lusa. Esta quarta-feira essa audição na comissão parlamentar de Economia foi aprovada.
Na segunda-feira, a defesa de Manuel Pinho, em comunicado, garantiu que o ex-ministro da Economia está disponível para prestar "todos os esclarecimentos" na Assembleia da República, mas primeiro quer ser interrogado pelo Ministério Público.