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Manuel Pinho "prestará todos os esclarecimentos" mas só depois de interrogatório  

O antigo ministro emitiu um comunicado onde agradece oportunidade de ser ouvido no Parlamento.

Negócios jng@negocios.pt 30 de Abril de 2018 às 12:22

Manuel Pinho diz que prestará esclarecimentos aos deputados acerca das acusações que lhe são imputadas, mas apenas depois de ser ouvido pelo Ministério Público.

 

Em comunicado, citado pela Sábado, o antigo ministro diz que "agradece a oportunidade" que lhe é dada de ser ouvido no Parlamento, onde "prestará todos os esclarecimentos atinentes às questões que os senhores deputados lhe queiram colocar relativamente quer ao período em que foi Ministro da República, quer antes, quer depois".

"Todavia, é sabido que as dúvidas que justificam essa diligência nasceram a partir da divulgação pela comunicação social de documentação que constará do processo em que foi constituído arguido (e onde há mais de dez meses aguarda por ser ouvido) e com a qual ainda não foi confrontado pela autoridade judiciária competente", lê-se no comunicado, enviado pelo advogado Ricardo Sá Fernandes. "Assim sendo, entende que essa audiência apenas pode ter lugar depois de ser interrogado pelo Ministério Público."

 

Segundo a Sábado, Manuel Pinho encontra-se na China em "actividade académica para dar aulas e fazer conferências, mas deslocar-se-á a Portugal quando necessário, desde que avisado com antecedência razoável".

 

Depois de ontem o líder do PSD, Rui Rio, tem dito que iria solicitar a presença do ex-ministro no Parlamento, hoje também o PS veio pedir a presença de Pinho no Parlamento o "mais depressa possível.

 

"O PSD vai tomar a iniciativa de chamar o ex-ministro Manuel Pinho ao parlamento no sentido de ele poder dar, do ponto de vista político, as explicações que ache que deve dar ao país", declarou Rui Rio.

 

Existem suspeitas de Manuel Pinho ter recebido, entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros.

 

Os pagamentos, de acordo com o Observador, terão sido realizados a "uma nova sociedade 'offshore' descoberta a Manuel Pinho, chamada Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, por parte da Espírito Santo (ES) Enterprises --- também ela uma empresa 'offshore' sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas e que costuma ser designada como o 'saco azul' do Grupo Espírito Santo". 

 

As transferências, de acordo com o jornal, que cita um despacho de 11 de Abril dos procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto consultado pelo Observador nos autos do caso EDP, "terão sido realizadas 'por ordem de Ricardo Salgado' ao 'aqui arguido, ex-ministro da Economia Manuel Pinho'".

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