Pedro Passos Coelho defendeu a escolha de Carlos Moedas para comissário europeu e rejeitou a hipótese de Portugal poder vir a ganhar uma pasta menor pela falta de peso político do nome.

"É um bom nome não tem nenhuma limitação que implique a menorização da pasta que lhe for atribuída", disse Passos Coelho aos jornalistas no seu primeiro dia de férias no Algarve.

"Cabe a Jean-Claude Juncker distribuir competências. Não é uma competência do Governo português, nem do Conselho Europeu, nem do presidente europeu".

Em suma, Passos Coelho considera que Carlos Moedas "será um excelente comissário europeu para desempenhar variadíssimas funções".

Contudo, o actual secretário de Estado adjunto vai enfrentar uma concorrência de peso para um cargo no colégio de comissários, apontou, como "candidatos que foram primeiros-ministros ou comissários europeus".

"Mas há nenhum 'handicap' que o torne uma escolha menos boa face aos seus colegas. Temos que respeitar essa decisão do presidente da Comissão Europeia", considerou.

Passos Coelho rejeitou a hipótese do nome de Carlos Moedas ter sido uma segunda escolha pelo Governo europeu, depois do da ministra das Finanças

"Não é verdade, espero que não exista tal percepção. Foi a única escolha que foi feita", disse o primeiro-ministro. "Não foi a proposta que apresentei ao presidente da Comissão Europeia. Só apresentei uma escolha".

Sobre as críticas da oposição à escolha de Moedas, Passos Coelho limitou-se a dizer que se "não tivesse condições para aguentar críticas, há muito tempo que não seria primeiro-ministro".