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PCP: Escolha de Moedas "é contrária aos interesses de Portugal e dos portugueses"
Nome do actual secretário de Estado adjunto foi criticado pelo Partido Comunista pela sua passagem por instituições financeiras internacionais. PCP aponta que novo executivo comunitário pretende seguir o mesmo caminho do de Durão Barroso de retirar soberania aos Estados-membros.
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O PCP criticou a escolha de Carlos Moedas pelo Governo para comissário europeu. Os comunistas consideram que esta escolha integra-se numa lógica de retirada progressiva de soberania aos Estados-membros.
Numa referência à passagem do governante pelo banco de investimento Goldman Sachs, o partido comunista apontou que o governante está alinhado com os "interesses do capital trans-nacional, de onde saiu para a política".
"É cada vez mais clara a representação nas instituições europeias de elementos oriundos da grande finança internacional", acusou João Ferreira.
O eurodeputado considera que esta escolha revela "uma postura de submissão" por parte de
Lisboa "contrária aos interesses de Portugal e dos portugueses".
Portugal deve assim prosseguir um "caminho que rejeite as imposições da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional). Um caminho que proceda à renegociação da dívida e dos portugueses. Estas políticas não estão em condição de o garantir", declarou.
João Ferreira considera que o novo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai manter o mesmo caminho de "aprofundamento da integração europeia", o que irá retirar "soberania aos Estados". Assim, a "escolha dos comissários subordina-se a este objectivo maior."
Este caminho, prosseguiu, foi o mesmo que conduziu ao "empobrecimento de Portugal. "A escolha dos comissários subordina-se a este objectivo maior", conclui João Ferreira.