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Marcelo só fala sobre financiamento de colégios privados depois de falar com Costa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje que falará sobre a polémica do fim dos contratos de associação com escolas ou colégios privados depois de conversar com o primeiro-ministro, António Costa.

Rui Ochoa/Presidência da República
09 de Maio de 2016 às 17:12
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"Dessa matéria em particular falarei depois de falar com o senhor primeiro-ministro", disse o chefe de Estado, quando questionado sobre a polémica do fim dos contratos de associação com escolas ou colégios privados.

 

Marcelo falava aos jornalistas à saída da cerimónia de apresentação da Colecção Digital de Livros Infantis Zero Desperdício, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

 

Antes, na intervenção que fez na cerimónia, a propósito dos desafios que se colocam hoje em dia à Europa e à sociedade portuguesa, o Presidente da República tinha já abordado brevemente a questão da Educação, admitindo que por vezes tem dificuldade em perceber "afrontamentos" que existem neste domínio.

 

"De quando em vez tenho dificuldade em perceber afrontamentos ao menos aparentes, que existem no domínio da educação por exemplo, ou como noutros, entre sectores variados, o Estado, o sector social ou os privados quando o fim é o mesmo, a causa a prosseguir é a mesma, do que se trata é de saber compreender que há um dialogo a estabelecer e há caminhos de convergência que devem ser percorridos", disse.

 

Apontando precisamente a educação como um dos desafios que se coloca hoje em dia à Europa, Marcelo Rebelo de Sousa lamentou a falta de pedagogia que tem existido "num projecto que nasceu vanguardista".

 

Além da educação, o Presidente da República defendeu ainda a necessidade da Europa redescobrir os cidadãos e as suas iniciativas, advertindo que sem isso surgem os movimentos xenófobos, populistas, eurocépticos e de distanciamento em relação às instituições europeia.

 

Por outro lado, vincou, existe o desafio da preocupação social, numa Europa que tantas vezes tem sido "sobretudo finanças, economia, tecnocracia e não preocupação social".

 

"Se assim é na Europa, assim é na sociedade portuguesa", acrescentou, recordando que desde o dia da sua tomada de posse tem dito que "a proximidade em relação aos cidadãos e proximidade dos cidadãos relativamente à resolução dos problemas da comunidade", a preocupação social e a educação são dimensões fundamentais e estão interligadas.

 

"É evidente que no dia-a-dia é fundamental haver rigor na gestão, senão não há sustentabilidade dos projectos, mas todos os grandes rasgos se fazem para além do mero rigor da gestão", acrescentou, salientando a importância da preocupação e solidariedade social.

 

Relativamente à iniciativa dos cidadãos, Marcelo Rebelo de Sousa usou o exemplo do movimento "Zero Desperdício" - que aproveita os bens alimentares que antes acabavam no lixo, como comida cujo prazo de validade se aproxima do fim, fazendo-os chegar a pessoas que dela necessitam - para sublinhar que é possível criar movimentos nacionais através de iniciativas de cidadãos.

 

"É possível multiplicar estas iniciativas por todo o país nos mais diversos sectores da vida portuguesa", afirmou, lembrando relativamente ao movimento "Zero Desperdício" que "o que parecia impossível em 2008, temerário em 2009, arriscado em 2010, provável em 2011 é hoje uma efectiva realidade".

 

"Está de parabéns o pioneiro", acrescentou o chefe de Estado, referindo-se a António Costa Pereira, adiantando que o irá agraciar com a Ordem do Mérito.

 

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