Notícia
Professores dos colégios sentem-se traídos pela Fenprof
"A Fenprof tornou-se cúmplice e defensora de um governo que quer condenar à morte as escolas onde trabalhamos e terá de assumir a sua responsabilidade pelo que está a acontecer", diz a associação de docentes.
21 de Maio de 2016 às 16:19
A associação que representa os docentes dos colégios com contratos de associação acusou este saábado, 21 de Maio, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof, liderada por Mário Nogueira, na foto) de traição e de ser "cúmplice" de um governo que quer acabar com as escolas onde trabalham.
A posição da Associação de Professores das Escolas Particulares e Cooperativas com Contrato de Associação (APEPCCA) surge um dia depois de ser conhecida a lista dos colégios que poderão candidatar-se a contratos de associação para abrir turmas de início de ciclo (5.º, 7.º e 10º anos).
De um universo de 79 estabelecimentos de ensino que atualmente têm contratos de associação, o Ministério da Educação entendeu que apenas 40 garantem necessidades que não podem ser supridas pela rede de escolas públicas e que, por isso, poderão abrir novas turmas no próximo ano letivo.
Nos restantes casos, os serviços ministeriais consideraram que existiam escolas públicas próximas que podiam receber os alunos e, por isso, o ME vai financiar apenas as turmas dos colégios que já estão em funcionamento até que os alunos terminem o ciclo de estudos em que se encontram.
A duplicação de oferta de ensino público e privado e a existência de eventuais contratos ilegais tem sido alvo de várias denúncias por parte da Fenprof, que mais recentemente lançou uma petição em defesa da escola pública.
E é precisamente essa posição da Fenprof que levou a APEPCCA a escrever uma carta aberta, questionando a legitimidade desta organização sindical, criada para defender todos os professores, "independentemente do tipo de instituição de ensino em que exercem a sua atividade profissional renumerada".
No documento, a APEPCCA lembra que entre os associados da Fenprof existem docentes de escolas privadas que neste momento se sentem "traídos".
"Esta federação promove petições, manifestações, conferências de impressa, publica artigos, produz documentação em Congressos, defende projetos de resolução, despachos e iniciativas legislativas, enfim, tudo faz para influenciar a opinião pública e para pressionar o Governo e o parlamento para que sejam adotadas medidas que irão inviabilizar a existência de todo um setor empregador do nosso país, arrastando para o desemprego milhares de trabalhadores, colocando em risco a subsistência das suas famílias", lê-se na carta da APEPCCA.
A associação repudia o apoio dado pela federação à política do atual governo "de destruição maciça de postos de trabalho de professores que desenvolvem com honra, dignidade e esforço a sua profissão em escolas com contrato de associação".
"A Fenprof contradiz e subverte o espírito sindicalista e trai os seus associados, os trabalhadores, os seus estatutos e os estatutos dos sindicatos que reúne", acusa a APEPCCA.
Os professores dos colégios dizem ainda que se sentem "sem qualquer proteção, cercados", de um lado pelo governo, e do outro pela Fenprof.
"A Fenprof tornou-se cúmplice e defensora de um governo que quer condenar à morte as escolas onde trabalhamos e terá de assumir a sua responsabilidade pelo que está a acontecer", acrescentam.
E por isso entendem que aquela estrutura sindical "perde legitimidade como defensora dos trabalhadores portugueses porque defende e apoia o despedimento de trabalhadores portugueses".
A posição da Associação de Professores das Escolas Particulares e Cooperativas com Contrato de Associação (APEPCCA) surge um dia depois de ser conhecida a lista dos colégios que poderão candidatar-se a contratos de associação para abrir turmas de início de ciclo (5.º, 7.º e 10º anos).
Nos restantes casos, os serviços ministeriais consideraram que existiam escolas públicas próximas que podiam receber os alunos e, por isso, o ME vai financiar apenas as turmas dos colégios que já estão em funcionamento até que os alunos terminem o ciclo de estudos em que se encontram.
A duplicação de oferta de ensino público e privado e a existência de eventuais contratos ilegais tem sido alvo de várias denúncias por parte da Fenprof, que mais recentemente lançou uma petição em defesa da escola pública.
E é precisamente essa posição da Fenprof que levou a APEPCCA a escrever uma carta aberta, questionando a legitimidade desta organização sindical, criada para defender todos os professores, "independentemente do tipo de instituição de ensino em que exercem a sua atividade profissional renumerada".
No documento, a APEPCCA lembra que entre os associados da Fenprof existem docentes de escolas privadas que neste momento se sentem "traídos".
"Esta federação promove petições, manifestações, conferências de impressa, publica artigos, produz documentação em Congressos, defende projetos de resolução, despachos e iniciativas legislativas, enfim, tudo faz para influenciar a opinião pública e para pressionar o Governo e o parlamento para que sejam adotadas medidas que irão inviabilizar a existência de todo um setor empregador do nosso país, arrastando para o desemprego milhares de trabalhadores, colocando em risco a subsistência das suas famílias", lê-se na carta da APEPCCA.
A associação repudia o apoio dado pela federação à política do atual governo "de destruição maciça de postos de trabalho de professores que desenvolvem com honra, dignidade e esforço a sua profissão em escolas com contrato de associação".
"A Fenprof contradiz e subverte o espírito sindicalista e trai os seus associados, os trabalhadores, os seus estatutos e os estatutos dos sindicatos que reúne", acusa a APEPCCA.
Os professores dos colégios dizem ainda que se sentem "sem qualquer proteção, cercados", de um lado pelo governo, e do outro pela Fenprof.
"A Fenprof tornou-se cúmplice e defensora de um governo que quer condenar à morte as escolas onde trabalhamos e terá de assumir a sua responsabilidade pelo que está a acontecer", acrescentam.
E por isso entendem que aquela estrutura sindical "perde legitimidade como defensora dos trabalhadores portugueses porque defende e apoia o despedimento de trabalhadores portugueses".