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Jerónimo de Sousa: "Devolução da sobretaxa foi um embuste do Governo PSD/CDS"

Na apresentação do programa de Governo do PS, Jerónimo de Sousa falou dos novos números da devolução da sobretaxa e acusa Passos e Portas de "embuste" e acrescenta que foi derrotada "a ideologia das inevitabilidades".

Miguel Baltazar/Negócios
02 de Dezembro de 2015 às 17:52
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"Estamos hoje numa outra fase". Assim começou por notar Jerónimo de Sousa, líder do PCP, que começou a sua intervenção assinalando a perda de maioria do PSD e do CDS, partidos que ficaram "condicionados a uma arrumação de forças", diz.

"Aqui revelo um facto: a maioria do povo português expressou a vontade de ver fora das suas vidas o Governo PSD/CDS", afirma o secretário-geral do PCP, que acusa os dois partidos de se recusarem a analisar o número de votos perdidos dos portugueses. Jerónimo de Sousa estende a crítica e afirma que outros "dramas", nomeadamente da precariedade "não só do trabalho, mas da própria vida", continuam a ser "desprezados pelo PSD/CDS, que preferem alimentar uma estéril guerrilha política".


O programa do Governo de António Costa começou a ser discutido esta quarta-feira, 2 de Dezembro, na Assembleia da República. A discussão, que se prolongará para quinta-feira, estava marcada para as três horas e começou cerca de 15 minutos depois da hora prevista.

Em resposta à intervenção de Luís Montenegro, líder da bancada do PSD, que não deixou de apontar as diferenças entre os três partidos que assinaram com Partido Socialista um compromisso de entendimento, Jerónimo de Sousa nota: "falam das diferenças como se tivessem descoberto a pólvora", e reforça a manutenção da identidade de cada partido.

O deputado enumerou uma série de medidas previstas no programa socialista, nomeadamente no que respeita às prestações sociais, feriados, medidas de combate à precariedade, conversão de bolsas em contratos de investigação, introdução da cláusula de salvaguarda do IMI e a diminuição do obstáculo colocado pelas taxas moderadoras no acesso à saúde.

Jerónimo de Sousa não deixou escapar os recentes cálculos que dizem respeito à devolução da sobretaxa de IRS, que o secretário-geral do PCP classificou de "embuste".

"21 dias depois da derrota do Governo PSD/CDS, poderemos perguntar quantas mentiras mais virão e quanto tempo mais precisamos para as saber", questionou. Jerónimo de Sousa acrescentou ainda que "já confirmámos que o Banif é mesmo um motivo de preocupação".

"Houve uma derrota que aqui ainda não foi falada. A da ideologia das inevitabilidades, que tudo justificava e tudo impunha", afirma. "Está aberta uma janela de esperança. Aquela esperança que não fica à espera. E o senhor primeiro-ministro estará de acordo que não é preciso esperar mais", concluiu.

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