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Investigação atribui mais duas casas e um terreno a Sócrates

Além dos apartamentos em Paris e na Rua Braamcamp, o Ministério Público suspeita que José Sócrates detém, através do amigo Carlos Santos Silva, mais três imóveis na região de Lisboa, avançam o Diário de Notícias e o Correio da Manhã.

Reuters
Negócios 25 de Março de 2015 às 08:54
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O Ministério Público suspeita que há mais três imóveis, além da casa em Paris e do apartamento na rua Braamcamp, que pertencem a José Sócrates. Em causa estarão um terreno na Quinta da Beloura e dois apartamentos em Lisboa, um na Rua Manuel da Fonseca e outro na Soeiro Pereira Gomes.

 

A notícia é avançada esta quarta-feira, 25 de Março, pelo Diário de Noticias e pelo Correio da Manhã. Segundo os jornais, os imóveis terão sido adquiridos entre 2006 e 2010, têm um valor comercial que ascende a um milhão de euros e, segundo o procurador Rosário Teixeira e o juiz de instrução Carlos Alexandre, foram adquiridos por Carlos Santos Silva mas pertencerão, na realidade, a José Sócrates.

 

As suspeitas em torno da titularidade destes três imóveis fazem parte da tese do Ministério Público de que Carlos Santos Silva actuou sempre como "testa de ferro" do antigo primeiro-ministro, a quem pertenceriam tanto os cerca de 20 milhões de euros que estavam na Suíça e entretanto regularizados ao abrigo das amnistias fiscais, como um conjunto de imóveis.

 

Segundo o Diário de Notícias, no recurso enviado para o Tribunal da Relação, a defesa de José Sócrates passou por cima das suspeitas elencadas pelo Ministério Público, quer quanto a estes negócios imobiliários, quer quanto à compra, por parte de Carlos Santos Silva, de apartamentos que estavam em nome da mãe de José Sócrates.

 

Adianta ainda o DN que Sócrates foi apanhado nas escutas a pedir dinheiro, usando expressões como "fotocópias", "livros de dossiê" e "um bocadinho daquilo de que gosto muito". Terá sido igualmente interceptada uma conversa com o deputado socialista André Figueiredo, antigo chefe de gabinete do ex-primeiro ministro, que contudo nega alguma vez ter recebido dinheiro de José Sócrates.

 

O antigo primeiro-ministro mantém-se em prisão preventiva a aguardar acusação, depois de o Tribunal da Relação ter confirmado a existência de fortes indícios dos crimes de que está a ser investigado: corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais. 

 

Entretanto o jornal "Público" adianta que o conselho de deontologia da Ordem dos Advogados deverá recomendar a instauração de um processo disciplinar a João Araújo, na sequência dos insultos que dirigiu aos jornalistas e, em particular, a um jornalista do Correio da Manhã, no dia da apreciação do pedido de "habeas corpus". 

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